O Instituto Nacional de Estatística (INE) estava à procura de 11 mil recenseadores para o Censos 2021, mas recebeu quase seis vezes mais candidaturas — 60 mil —, mesmo apesar da pandemia e da possibilidade de contacto presencial com os cidadãos. O prazo de candidaturas terminou no domingo e a seleção será feita pelas autarquias locais durante o mês de março.

As vagas eram para contratos de prestação de serviços, com a duração de cerca de dois meses, entre abril e junho. Segundo o anúncio publicado pelo INE, o salário varia consoante os “resultados apresentados”. Por exemplo, “um recenseador com 600 alojamentos atribuídos e que termine o seu trabalho em 6 semanas receberá em média 1500€“.

Em comunicado, o instituto revelou, esta segunda-feira, que foram recebidas “cerca de 60 mil candidaturas a nível nacional”. A seleção será feita pelas autarquias, “sendo convocados para entrevistas de seleção apenas os candidatos que melhor se enquadram nos requisitos definidos”. Depois dessa seleção, haverá um período de formação. Os Censos iniciam-se em abril e serão realizados “preferencialmente pela Internet”. “A partir de 5 de abril, todos os alojamentos vão receber uma carta com a informação necessária para a resposta aos Censos 2021 pela Internet distribuídas pelos recenseadores”, indica o INE.

Além disso, devido à pandemia, foi criado um plano de contingência para “prevenir riscos para a população, recenseadores e demais colaboradores, bem como garantir a qualidade da execução da operação estatística”. Esse plano inclui uma linha telefónica de apoio à população para a recolha de informação através da internet; a possibilidade de resposta telefónica para a população “com maior dificuldade na resposta pela Internet ou impedidos de contacto presencial, nomeadamente por razões de saúde pública”; e um “rigoroso Protocolo de Saúde Pública, que descreve as medidas de segurança a aplicar nos casos em que seja necessário o contacto presencial junto da população, seguindo as recomendações das autoridades de saúde pública”.

Os candidatos selecionados serão, assim, responsáveis por distribuir as cartas com os códigos para a resposta online, “assegurar” que todas as respostas são recolhidas e “recolher e registar as respostas em alojamentos que não respondem pela internet”, entre outras responsabilidades. Entre os requisitos definidos pelo INE estava a necessidade de terem “smartphone [Android 5.0 ou IOS 12 ou superior] (com ecrã de 5 polegadas ou superior) com ligação à internet ou Tablet com ligação à internet” e a disponibilidade de trabalharem aos fins de semana e durante a semana a tempo parcial.

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