O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) diz desconhecer quando e de que forma decorrerá a vacinação dos funcionários de justiça, uma vez que estes não estão incluídos no grupo de prioritários que o Governo estabeleceu.

Na carta aberta enviada esta segunda-feira à ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, e a que o Observador teve acesso, o SFJ admite que a situação é “apocalíptica”, mas já estranha a “total ausência de informação e, nomeadamente, o total desconhecimento das direções e conselhos sobre esta matéria”.

O sindicato defende que os funcionários judiciais já deveriam ter um lugar no plano de vacinação, por estarem em contacto com o cidadão, na linha da frente dos serviços de justiça.

“O oficiais de Justiça são a longa manus do juiz, quem contacta com o público, através do atendimento presencial nas secretarias, através das diligências de serviço externo e, no contacto com os diversos intervenientes, nomeadamente em secções do DIAP e na sala de audiências”, lê-se na carta assinada por António Marçal, presidente do SFJ.

Do grupo definido pelo Governo para a fase de vacinação das pessoas que asseguram serviços essenciais, fazem apenas parte os magistrados do Ministério Público, ou seja, juízes e procuradores, deixando de fora os funcionários judiciais.

Assim, o dirigente sindical pede ao Governo que “leve em consideração a vacinação atempada dos funcionários judiciais que se encontram a trabalhar presencialmente nos tribunais, com critérios rigorosos e transparentes, a par dos demais agentes da justiça”.

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