#SOSAcre. Esta é a hashtag que tem corrido as redes sociais após a junção de catástrofes que afetou o estado brasileiro do Acre, localizado junto à fronteira com o Peru. Um surto de dengue, falta de camas para doentes Covid em cuidados intensivos, uma crise migratória e chuvas intensas que originaram cheias estiveram na origem de ação de solidariedade que alerta para a situação no estado.

Na passada terça-feira, o governo do Acre teve mesmo de decretar a situação de emergência, devido às cheias do rio Acre, Juruá, Envira, Iaco, Purus, bem como de outros afluentes. Segundo dados avançados pela Globo, cerca de 130 mil pessoas viram as suas casas afetadas pelas inundações. Em Tarauacá, as cheias atingiram 90% da cidade e afetou 7 mil famílias — sendo que 38 ficaram desalojadas.

Mas não é a única catástrofe a afetar o estado. Também a questão sanitária não dá tréguas, seja pelo surto de dengue, seja pandemia de Covid-19. “Tudo está chegando ao limite. Na questão do orçamento, só tenho recursos para os próximos 60 dias”, anteviu Gladson Cameli, governador do Acre, que também descreveu a situação como uma “terceira guerra mundial”: “Estamos vivenciando uma situação humanitária de calamidade, porque são vários problemas de uma vez só”, disse em entrevista à CNN Brasil.

À crise sanitária e às cheias, juntou-se a questão migratória. Vários imigrantes tentam atravessar a fronteira com o Peru, que está bloqueada para evitar a propagação de Covid-19. Os migrantes vêm sobretudo do Haiti e utilizam esta passagem como porta de entrada para o Brasil. Nos últimos dias, chegou mesmo a haver confrontos entre a polícia e os migrantes, obrigando as forças de segurança a utilizarem polícia de elite na fronteira.

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Brasil autoriza uso de polícia de elite para conter distúrbios na fronteira com o Peru

Para avaliar os estragos da situação, Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil, deverá visitar a região na quarta-feira.