A Volkswagen AG já apresentou um generoso grupo de veículos eléctricos, concebidos de raiz e recorrendo a plataformas específicas para modelos eléctricos, para assim conseguir optimizar a sua eficiência. Isto implica igualmente construir fábricas novas ou adaptar unidades já existentes, sem esquecer as baterias, cuja química e cujo princípio de funcionamento ajudam a garantir maior autonomia, um dos trunfos mais apreciados pelos condutores.
Se o Grupo VW já lançou eléctricos como os ID.3, ID.4 e Porsche Taycan, vai ter de lançar mais de uma dezena de novos modelos a bateria nos próximos dois anos, o que implica um investimento brutal. Para conseguir reunir fundos rapidamente, sem recorrer a mais compromissos com a banca, os alemães estão seriamente a ponderar a possibilidade de lançar a Porsche em bolsa e vender uma parte das acções.
De acordo com a imprensa alemã, com esta venda da Porsche em bolsa, que deverá rondar 25% das acções, a Volkswagen AG pensa reunir cerca de 25 mil milhões, verba que irá ajudar a satisfazer a necessidade de investimento. Isto porque, ao contrário da estratégia seguida pela Mercedes e BMW, a VW optou por fabricar eléctricos com plataforma específicas para explorar da melhor forma esta tecnologia, o que também obriga a novas fábricas, em vez de produzir eléctricos sobre chassis de carros com motores de combustão, que exigem menos investimentos agora (essencialmente por poderem ser construído na mesma linha de produção), mas não asseguram a mesma eficiência.
É bom recordar que esta forma de aceder a capital “fresco”, por parte da VW, é similar à utilizada pela Daimler, que anunciou pretender separar a divisão de veículos pesados da Mercedes dos automóveis. Isto vai implicar que o actual Grupo Daimler passe a ser denominado apenas Mercedes-Benz, com os camiões a adoptarem a denominação Daimler Truck & Buses. Esta última será lançada em bolsa, o que irá gerar o encaixe dos fundos de que os automóveis necessitam.