Ainda há doentes a morreram em macas à espera de serem atendidos nos hospitais portugueses. Há falta de camas também nos serviços de psiquiatria, onde chegam a ser internados menores ao lado de adultos. E há zonas do país onde não existe sequer qualquer estrutura de saúde para dar resposta a quem ali vive.

Os relatos são de três médicas que trabalham em sítios diferentes, mas que esta tarde de quinta-feira se juntaram a outros profissionais e representantes de associações do setor da saúde num seminário online, via Zoom, a convite da ministra da Saúde, Marta Temido. “Um SNS mais resiliente e mais próximo” foi um debate inserido numa série de outros seminários coordenados pela ministra do Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e que pretende estimular a discussão pública sobre o Plano de Recuperação e Resiliência — o documento estratégico que plasma as reformas que devem ser feitas para sair da pandemia através de um financiamento europeu de 13,9 mil milhões de euros.

Deste valor, segundo anunciou Mariana Vieira da Silva logo no arranque do seminário, 463 milhões de euros vão destinar-se aos cuidados de saúde primários, 205 milhões de euros para a rede nacional de cuidados integrados e paliativos,  85 milhões para a conclusão da reforma da saúde mental e 196 milhões de euros para equipamentos dos hospitais do Seixal, Sintra e Lisboa. Há ainda 300 milhões de euros destinados à transição digital na saúde. Mas este dinheiro não entrará logo todo nos cofres do Estado, a sua entrada será faseada de acordo com os planos definidos para estes setores e a sua execução.

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