A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, considerou que a região Centro “tem um grande potencial” na área do Turismo Industrial, em setores como o vidro, a cerâmica, os lanifícios e a extração mineral, entre outros.
Rita Marques, que falava na sessão de abertura da ‘webinar’ “Turismo Industrial em Portugal”, promovida pelo Turismo Centro de Portugal e o Turismo de Portugal, integrados no Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa de Turismo Industrial, afirmou que “o Centro de Portugal tem um grande potencial na área do Turismo Industrial”.
Temos o vidro e a cerâmica bem visíveis na região Centro, com exemplos excelentes que conhecemos todos bem, como a Vista Alegre, como a Bordalo Pinheiro, como a Atlantis, temos a indústria dos lanifícios, temos a metalomecânica, os plásticos, a indústria das duas rodas, que também é importante, a indústria da extração mineral (…), temos as rochas ornamentais”, enumerou.
A secretária de Estado do Turismo disse que “são muitos os exemplos que podem ser bem trabalhados pela região, pelo Turismo do Centro, com o apoio do Turismo de Portugal, com o apoio da Rede [Portuguesa de Turismo Industrial]”.
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Reconheceu, de seguida, que os projetos necessitam de recursos e apontou que o Turismo de Portugal tem disponibilizado várias linhas de apoios financeiros que podem ajudar a corporizar “este bom dinamismo que se pretende imprimir no Turismo Industrial”.
Adiantou que o Governo vai abrir, em breve, o Programa Valorizar e apelou aos municípios para que, em parceria com as empresas e o Turismo do Centro, “possam ir organizando as ideias, promovendo projetos sinérgicos que apontem caminhos para a sustentabilidade, para a digitalização, para os novos públicos, de modo a se poder ter amanhã um Turismo Industrial ainda mais forte”. Rita Marques referiu que também estão disponíveis as linhas de Qualificação de Oferta e Capitalizar Turismo, “que são instrumentos financeiros importantes que ajudarão” a materializar a rede.
Na abertura da conferência ‘online’, promovida para dar a conhecer a oferta de Turismo Industrial existente, partilhar experiências nacionais e internacionais e estimular o desenvolvimento de programas turísticos passíveis de promoção, a governante lembrou que há cerca de um ano esteve em São João da Madeira para o lançamento do Plano de Ação do Turismo Industrial, apresentado pelo Turismo de Portugal, que previa a implementação da Rede Portuguesa de Turismo Industrial.
A estratégia até 2027 já tem estabelecia várias prioridades, entre as quais o Turismo Industrial e, agora, é um grato gosto poder contar com este contributo das cinco regiões do continente, estando para breve o alargamento às regiões da Madeira e dos Açores. É um gosto poder contar com uma Rede Portuguesa de Turismo Industrial bem vigorada, bem animada, e que, em breve, inclusivamente, terá personalidade jurídica”, rematou.
Na abertura da ‘webinar’, acompanhada por “mais de 600 participantes”, o presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, falou dos desafios que se colocam ao país no âmbito do combate à pandemia e da recuperação económica. “Quando pensamos o Turismo Industrial na sua vertente mais clássica, enquanto indústria viva ou enquanto patrimónios produtivos”, são novas variáveis que podem ajudar a “fazer e a aumentar” o eixo da oferta competitiva e da inovação, disse.