O presidente da Assembleia da República saudou esta quarta-feira a recandidatura de António Guterres ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas, considerando que ilustra o propósito universalista da ONU e que se trata de “uma honra para Portugal”. “É com o maior regozijo que saúdo a recandidatura de António Guterres a secretário-geral das Nações Unidas”, refere Ferro Rodrigues numa nota enviada à agência Lusa.

Ferro Rodrigues salienta depois que, “pelos valores e princípios que sempre o marcaram, pela sua experiência e ação incessante, nos últimos quatro anos enquanto secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres ilustra bem o propósito nobre e universalista das Nações Unidas: Construtor de paz, trabalhador incansável em prol da dignidade e do valor da pessoa, defensor do Direito Internacional”.

“Lembro a propósito a sua intervenção na conferência interparlamentar a que copresidi esta semana com o presidente do Parlamento Europeu, na qual voltou a reiterar a sua preocupação com a necessidade de todos, independentemente do lugar onde habitam ou da sua condição social e económica, terem acesso à vacinação contra a pandemia covid-19”, aponta Ferro Rodrigues, que em 2002 sucedeu a António Guterres na liderança do PS. Para o presidente da Assembleia da República, “é uma honra para Portugal ter António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas”.

“E é também do maior alcance para a Organização poder continuar a contar com um homem de modernidade, cidadão do mundo, construtor de pontes, empenhado nas grandes questões da agenda internacional, nas imediatas e nas estruturantes do nosso futuro comum”, acrescenta Ferro Rodrigues.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou hoje com António Guterres transmitindo-lhe “caloroso apoio” à sua candidatura a um novo mandato de cinco anos como secretário-geral das Nações Unidas.

Numa nota divulgada no portal da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa defende que António Guterres “é a pessoa certa para continuar a promover o imprescindível papel e a reforma daquela organização”. Segundo o chefe de Estado, a recandidatura de António Guterres “é uma excelente notícia para as Nações Unidas, porque demonstrou ser um brilhante secretário-geral”, e também “é uma excelente notícia para Portugal, porque é um português de enorme valor”.

Marcelo falou com Guterres e transmitiu-lhe “caloroso apoio” a novo mandato na ONU

O Presidente da República afirma esperar que o antigo primeiro-ministro português possa “continuar a ocupar o lugar mais importante da mais importante organização internacional”.

O mandato de António Guterres como secretário-geral da ONU iniciou-se em 01 de janeiro de 2017, e termina em 31 de dezembro deste ano. Em janeiro passado, António Guterres anunciou a sua disponibilidade para cumprir um segundo mandato de cinco anos entre 2022 e 2026. As Nações Unidas deram início neste mês ao processo formal de seleção do próximo secretário-geral da organização, pedindo aos 193 Estados-membros que submetam os nomes de candidatos ao cargo.

O primeiro-ministro, António Costa, assinou hoje uma carta a formalizar a proposta do Governo português de recandidatura de António Guterres a secretário-geral da ONU. Numa breve declaração aos jornalistas, o primeiro-ministro enalteceu a “liderança firme” de Guterres em cinco anos “particularmente difíceis” e defendeu a importância de reforçar as organizações multilaterais perante os grandes desafios e causas comuns da atualidade.