O PSD recomendou ao Governo que adote a definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA, sigla em inglês), recordando que Portugal é um dos países-membros desta organização que ainda não o fez.

No projeto de resolução (sem força de lei) anunciado, os deputados sociais-democratas consideram que é “um imperativo democrático a condenação de quaisquer declarações e atos que transportem conteúdos antissemitas para o espaço público, sendo necessário previamente que possa ser inequivocamente considerado o que é de natureza antissemita”. Assim, o PSD propõe ao executivo que adote a definição de antissemitismo como “determinada perceção dos judeus, que se pode exprimir como ódio em relação aos judeus”.

Manifestações retóricas e físicas de antissemitismo são orientados contra indivíduos judeus e não judeus e/ou contra os seus bens, contra as instituições comunitárias e as instalações religiosas judaicas, definição esta aprovada em sede de Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (International Holocaust Remembrance Alliance, HRA)”, acrescentam os sociais-democratas.

No documento, o PSD relembra que apesar de Portugal fazer parte desta Aliança, “ao contrário de outros 18 países membros, ainda não adotou a definição aprovada de antissemitismo, de modo a que seja devidamente implementada e enquadrada” na sociedade.

Para o PSD, é urgente a adoção desta definição, para que “atos e manifestações que possam ser assim consideradas possam ser devidamente condenados e o Estado possa atuar e devida conformidade“, sobretudo quando, para os sociais-democratas, “têm surgido atos e manifestações públicas que podem ser consideradas como atos antissemitas”.

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