O Ministério da Saúde brasileiro anunciou esta sexta-feira que assinou contrato com os laboratórios Bharat Biotech e Precisa Medicamentos para compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, produzida na Índia.

O investimento total foi de 1,6 mil milhões de reais (240 milhões de euros), numa aquisição que permitirá ampliar a estratégia de vacinação dos brasileiros contra a Covid-19, segundo a tutela da Saúde.

As primeiras oito milhões de doses do imunizante devem começar a chegar já no mês de março, em dois lotes de quatro milhões a serem entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato. Em abril, o Governo Federal espera receber outras oito milhões de doses de imunizantes importados da Índia, no prazo de 45 e 60 dias após oficialização da compra. Em maio, é esperado o último lote de doses, com quatro milhões de unidades”, explicou o executivo em comunicado.

Na semana passada, para agilizar o processo de compra de novas doses de vacinas, o Ministério da Saúde publicou portarias dispensando uso de licitação para a compra dos imunizantes.

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O Ministério da Saúde distribuiu, esta semana, mais 3,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, após o plano de vacinação ter sido paralisado em grande parte do país por falta de doses.

Em causa estão dois milhões de doses da fórmula da AstraZeneca/Oxford, importadas da Índia, e 1,2 milhões do imunizante da Sinovac, produzido no Brasil pelo Instituto Butantan.

A nação sul-americana confia na sua campanha nacional de imunização, iniciada em meados de janeiro, para controlar a segunda vaga da pandemia que atinge o país, apesar dos vários entraves que enfrenta, como a escassez de vacinas e das dificuldades nas negociações para aquisição de novas doses.

O Brasil, com os seus cerca de 212 milhões de habitantes, é o segundo país com mais mortes devido à Covid-19 em todo o mundo (251.498), depois dos Estados Unidos, e o terceiro com o maior número de infetados (10.390.461), depois da nação norte-americana e da Índia.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.498.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.