A recessão económica em França em 2020 foi um pouco menos forte do que anunciado, com uma queda do Produto Interno Bruto de 8,2%, menos uma décima do que inicialmente anunciado pelo instituto nacional de estatística francês (INSEE).

Nas suas contas finais, o INSEE reviu os números anunciados no final de janeiro e indicou também que no quarto trimestre a queda do PIB foi ligeiramente superior à anunciada, 1,4% em comparação com os 1,3% que tinham sido anunciados.

Esta queda do PIB trimestral, 4,9% inferior à registada no mesmo período de 2019, foi causada pelo segundo confinamento para travar a pandemia, mas é muito mais moderada do que a registada no segundo trimestre, quando era de 18,6% em comparação anual após um confinamento muito mais duro.

O INSEE descreveu a recessão como “histórica”, a maior registada no país desde a Segunda Guerra Mundial.

A crise sanitária resultou numa queda acentuada das despesas privadas, 5,4% no trimestre, após um aumento de 18,1% no trimestre anterior, quando as medidas de controlo da pandemia foram relaxadas. As estatísticas indicaram que os rendimentos e o poder de compra resistiram durante a crise graças às medidas de apoio adotadas pelo Governo e à redução dos impostos.

O INSEE também anunciou um abrandamento da inflação em fevereiro, quando esta se terá situado em 0,4% face ao mesmo mês de 2020, contra 0,6% em janeiro, associado à moderação dos preços dos bens, serviços e alimentos.

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