Após um período de subida considerável nas sondagens (chegou a estar acima dos 40% em dezembro), o Partido Socialista desceu em fevereiro nas intenções de votos dos portugueses para as próximas legislativas — uma queda que coincide, no tempo, com o período mais duro da pandemia, em que o descontrolo da difusão do vírus na sequência do período do Natal levou Portugal a registar números máximos de infetados, mortes e doentes internados.

De acordo com a edição mais recente do barómetro político da Aximage, relativo a fevereiro e divulgado esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, Diário de Notícias e TSF, o PS reúne agora 37,6% das intenções de voto (face a 39,9% em janeiro), seguido do PSD com 26,5% das intenções de voto dos portugueses (comparados com 26,6% em janeiro). Também o Chega, de André Ventura, regista uma queda na sondagem em comparação com janeiro. De 7,5% das intenções de voto em janeiro, Ventura passou para 6,5%.

Quem se mantém com a mesma votação de janeiro é o CDS, que reúne apenas 0,8% das intenções de voto e ocupa o último lugar da tabela, ficando atrás não só das forças políticas tradicionais, mas também do Chega, da IL, do PAN e até do Livre.

No que toca às subidas, a mais significativa é a da Iniciativa Liberal: dos 3,5% de janeiro, o partido de João Cotrim de Figueiredo contava em fevereiro com 5,7% das intenções de voto, ocupando o sexto lugar na lista das forças políticas nacionais, à frente do PAN, do Livre e do CDS. O Bloco de Esquerda (que passou de 7,2% para 7,7%) e a CDU (que passou de 5% para 5,8%) também registaram subidas nas intenções de voto, consolidando as suas posições como terceira e quinta forças políticas, respetivamente.

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Somando todas as forças políticas da direita (incluindo PSD, IL, CDS e Chega), obtém-se uma percentagem de 39,5%, que só por muito pouco bate a maioria socialista.

54% confiam em Costa como primeiro-ministro

O barómetro da Aximage avaliou também a confiança da amostra em António Costa e em Rui Rio para o cargo de primeiro-ministro. De acordo com os resultados, 54% dos portugueses confiam em António Costa para o exercício do cargo de primeiro-ministro, enquanto apenas 20% dizem confiar em Rui Rio. Já 19% afirmam não confiar em nenhum dos dois.

Na mesma linha está a avaliação do desempenho dos líderes partidários: só António Costa tem mais avaliações positivas (50%) do que negativas (28%).

Rui Rio é avaliado positivamente por 28% dos inquiridos e negativamente por 38%. Segue-se Jerónimo de Sousa, com 24% de avaliações positivas e 38% de avaliações negativas. O desempenho de João Cotrim de Figueiredo está a ser apreciado por 23% dos inquiridos e criticado por 25%. Catarina Martins também tem 23% de avaliações positivas, mas muito mais (41%) negativas. Já André Silva recebe a avaliação positiva de 19% dos inquiridos e a negativa de 29%.

Quem tem mais avaliações negativas é André Ventura, de quem apenas 14% dos inquiridos fazem uma análise positiva — e 69% avaliam negativamente o líder do Chega. Menos apreciado do que Ventura só mesmo Francisco Rodrigues dos Santos, que recebeu a avaliação positiva de apenas 12% dos inquiridos, ao passo que 44% fazem uma análise negativa do líder do CDS.