A pergunta que continua sem resposta, depois de mais uma entrevista da ministra da Saúde. Ainda é cedo para falar do regresso às escolas, afirmou Marta Temido aos microfones da Antena 1.

“Não estamos em condições de falar sobre esse tema ainda”, disse a governante no dia em que se completa um ano do primeiro caso de Covid-19 confirmado em Portugal. “Optámos por manter essa informação condicionada a um conjunto de circunstâncias, a um conjunto de audições e concretamente a um calendário que já foi anunciado pelo primeiro-ministro e que refere que no dia 11 de março daremos conta de um conjunto de regras que, se determinados pressupostos se mantiverem, depois se aplicarão.”

Assim, quaisquer novidades que sejam anunciadas sobre o regresso ao ensino presencial só serão conhecidas desta quinta-feira a uma semana — numa altura em que faltarão apenas 11 dias úteis para o segundo período chegar ao fim e para o início das férias da Páscoa, que este ano serão mais curtas.

O motivo, explicou, é que Portugal está longe de estar a viver uma situação tranquila, apesar de assistirmos a uma queda dos contágios.

“Quando, em agosto, tivemos num determinado dia um máximo de 29 doentes internados em cuidados intensivos, ontem tínhamos 469. Quando, em agosto, tínhamos 270 doentes internados em enfermaria, segunda-feira tínhamos 2.167. Quando, em agosto, tínhamos uma taxa de positividade [testes  Covid] de pouco mais de 1%, agora ainda estamos acima de 4%. Portanto, há muitas coisas que, embora hoje — porque já estamos habituados — nos pareçam estar tranquilas, estão longe de estar”, argumentou a ministra da Saúde.

Marta Temido revelou também que Portugal registou esta segunda-feira 70 casos de Covid-19 por 100 mil habitantes, no acumulado a sete dias. “O que temos da nossa experiência é que esta parte final para nós tem sido difícil de baixar. Este achatamento, este esforço final é muito importante”, alertou.

Falando sobre o confinamento, a ministra revelou que o período mais intenso foi a 15 de Abril de 2020, dia em que o maior número de pessoas em Portugal esteve confinado. “E agora estamos a 69% desse patamar máximo. Já estivemos quase a 75% desse patamar máximo há algumas semanas”, concluiu.

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