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Ronaldo marca na vitória da Juventus e torna-se o primeiro de sempre a fazer 20 ou mais golos na liga em 12 épocas consecutivas

Este artigo tem mais de 3 anos

Ronaldo acertou no poste, falhou o alvo, viu o guarda-redes brilhar mas foi a tempo de atingir mais um registo histórico no jogo 600 em ligas que acabou com vitória da Juventus frente à Spezia (3-0).

Ronaldo fez um sprint a um minuto do final até à área contrária para fazer de pé esquerdo o terceiro e último golo da Juventus
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Ronaldo fez um sprint a um minuto do final até à área contrária para fazer de pé esquerdo o terceiro e último golo da Juventus

Ronaldo fez um sprint a um minuto do final até à área contrária para fazer de pé esquerdo o terceiro e último golo da Juventus

A rivalidade entre clubes da mesma cidade, desde que sã e dentro dos limites que muitas vezes são (infelizmente) extravasados, pode ser uma das coisas mais apaixonantes do futebol. Porque há sempre um que está melhor, outro que está pior e quando estão os dois bem significa que estão na luta conjunta por algo. No entanto, esta temporada tem trazido poucas razões de festa para uns e para outros em Turim, cidade da Juventus e do Torino. E esta terça-feira começou por ser mais um exemplo paradigmático disso mesmo, com mais uma história no mínimo insólita que dará ainda muito que falar mas que, para já, colocou o aflito Torino com nova derrota por 3-0.

Ronaldo marcou 47 golos nos últimos 47 jogos da Serie A mas Juventus voltou a empatar em Verona

Expliquemos. Ao final da tarde em Portugal, já noite em Itália, os touros deviam defrontar a Lazio no Olímpico de Roma, sendo que, ao mesmo tempo, teria início a receção da Juventus à Spezia. Problema: à mesma hora em que os comandados de Simone Inzaghi pisavam o relvado para os habituais exercícios de aquecimento, o Torino estava a fazer o seu aquecimento… em Turim. Após terem sido detetados oito casos positivos da variante britânica da Covid-19, as autoridades nacionais decidiram que o plantel deveria ficar todo em isolamento profilático, não saindo da cidade, mas os responsáveis da Serie A, que reuniram de emergência, votaram por unanimidade que o jogo não poderia ser adiado. Ou seja, derrota por 3-0. E mais um caso para a Justiça, sobretudo depois da reversão da mesma decisão em relação ao Nápoles, que falhara o encontro com a Juventus por decisão das autoridades.

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Os adeptos do Torino, equipa que ocupa o 17.º lugar a dois pontos da descida com apenas três vitórias e 11 empates até ao momento (registo mais alto no Campeonato), não têm muitos motivos de satisfação. Os adeptos da Juventus, ainda olhando para o que aconteceu no último sábado, também não: a boa entrada da equipa no jogo em Verona não colocou a equipa em vantagem, Ronaldo ainda marcou no início do segundo tempo mas os visitados fizeram o empate na parte final, aumentando ainda mais a distância para AC Milan (seis pontos) e Inter (dez). Mesmo tendo ainda uma partida em atraso, a revalidação do título é cada vez mais um objetivo complicado de atingir.

“Claro que esperava ter mais alguns pontos por esta altura, o objetivo inicial era conquistá-los todos. Sabemos que perdemos muitos pontos, nem todos os anos são iguais. Sofremos algumas derrotas, tinha consciência de que iria iniciar um percurso difícil num ano particular. Tentámos formar uma equipa super competitiva e foi o que fizemos, mas não contávamos com tantas lesões ao mesmo tempo. O objetivo, porém, não muda, ainda que estejamos longe. Temos que vencer jogo após jogo, sem olhar para cima nem para baixo, mas com o objetivo bem presente. Não falaria do scudetto se não visse essa possibilidade como concreta. Sei que os rapazes acreditam, treinam bem e isso deixa-me tranquilo. Vejo espírito e vontade de alcançar metas importantes”, lançou Andrea Pirlo.

As críticas, essas, aumentam. E o último a falar dos problemas da equipa foi o antigo campeão europeu, Fabio Capello, que passou por AC Milan, Juventus, Real Madrid, Inglaterra ou Rússia. “Acho que esta Juventus é mais fraca do que a de Allegri e a de Sarri porque tem menos qualidade no meio-campo. Ele tem algo a menos nessa zona do campo. Dos atuais jogadores, aquele que faz verdadeiramente diferença é o Chiesa. De todos, Chiesa e Ronaldo são quem marcam a diferença, os outros não se viram até agora”, comentou na Sky Sports, dando exemplo do encontro no Dragão: “No jogo contra o FC Porto jogaram râguebi, só passavam a bola para os lados. Mesmo com Ronaldo a fazer um jogo mau, talvez o pior desde que chegou à Juventus, tentou dar verticalidade, mas não houve ninguém que acompanhasse os seus movimentos e lhe desse a bola”, acrescentou de seguida.

Os rumores sobre Ronaldo, esses, não são os melhores. E entroncam todos no mesmo ponto: o português apostou numa mudança para a Juventus para ser campeão nacional e europeu, algo que parece ter ficado mais longe na presente temporada. E o encontro com a Spezia foi exemplo paradigmático disso mesmo: ao longo de 60 minutos, os bianconeri foram uma equipa banal, lenta, com poucas ideias e presa a uma ideia tática que, com intérpretes com aquelas características naquelas posições, não funciona; quando Pirlo mexeu, lançando Bernardeschi para dar largura na esquerda e Morata para ficar com duas unidades na frente, tudo mudou e a vitória chegou. É essa a Juventus que terá de aparecer mais e melhores vezes nos jogos para inverter a má tendência da época. E será essa a Juventus a beneficiar dos golos de Ronaldo, que chegou aos 20 na Serie A no jogo 600 da carreira em ligas, sendo também o primeiro de sempre a terminar com 20 ou mais golos o Campeonato em 12 épocas consecutivas.

Com duas alterações iniciais em relação ao jogo em Verona que acabaram por ser três com a saída de De Ligt por um problema no aquecimento, voltando ao 4x4x2 com Danilo e Frabotta como laterais e McKennie a fechar à esquerda como falso ala, a Juventus foi mais do mesmo até aos últimos dez minutos do intervalo, com a Spezia a ter boas chegadas à baliza de Szczesny e um remate perigoso de Marchizza pouco ao lado (6′). Aos poucos, mesmo entre passes falhados, lentidão e poucas movimentações na frente, os bianconeri conseguiram instalar a equipa no meio-campo contrário e tiveram a única oportunidade pelos suspeito do costume mas de forma individual, num movimento típico de Ronaldo da esquerda para o meio que terminou com um remate ao poste (42′).

A entrada após o intervalo manteve as mesmas características mas Pirlo acabou por ter uma aposta certeira saída do banco com crédito num par de minutos: acabados de entrar, Bernardeschi conseguiu ganhar a linha pelo lado esquerdo, cruzou atrasado ao primeiro poste e Morata, de primeira, desviou de pé esquerdo para o 1-0 anulado numa primeira fase mas validado pelo VAR (62′). A partir do momento em que a Juventus passou a ter duas unidades no corredor central com dois alas abertos nas alas, não mais a defesa da Spezia conseguiu voltar a acertar e foi uma questão de tempo até ao segundo golo, com Chiesa a surgir na área para marcar, à segunda e na recarga a uma primeira intervenção de Provedel depois de mais uma assistência de Bernardeschi (71′). Até ao final, o jogo resumiu-se à procura do golo por parte do Ronaldo, com um cabeceamento que saiu por cima e um livre bem marcado para grande defesa do guarda-redes da Spezia que deixou o português à beira de um ataque de nervos antes do golo da ordem num contra-ataque, a um minuto do final, que fechou as contas finais em 3-0.

[Clique nas imagens para ver os golos do Juventus-Spezia em vídeo]

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