Apenas um em cada quatro hotéis disse ter reservas para o verão deste ano, revelou um inquérito promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) aos seus associados, divulgado esta quarta-feira.

De acordo com a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, que apresentou esta manhã aos jornalistas o inquérito “Balanço 2020 & Perspetivas 2021”, apesar de se sentir “algum movimento” nas reservas em estabelecimentos hoteleiros, elas são “de uma timidez confrangedora”, com apenas cerca de 25% dos inquiridos já com reservas para aquela altura.

Assim, para julho, apenas 23% dos inquiridos disseram ter já reservas registadas, para agosto 24% e para setembro 25%. “Temos aqui um trabalho enorme pela frente, que é perceber o que é que falta para consolidar estas reservas e reparem o risco que isto é: são reservas também reembolsáveis”, sublinhou a responsável.

De acordo com os dados recolhidos pela AHP, em 2020, a hotelaria nacional registou, em média, uma taxa de ocupação de 26% e com um preço médio por quarto de 86 euros.

As perdas foram expressivas, com menos 69% de receitas de alojamento e 73% de receitas totais na hotelaria.

O Alentejo foi a região com melhores resultados no ano passado, enquanto que os Açores foram a região que mais sofreu os efeitos da pandemia.

No ano passado, quase metade (48%) das reservas em estabelecimentos hoteleiros foram canceladas e 61% das reservas realizadas foram de modalidade de possibilidade de reembolso.

O inquérito foi realizado entre 4 e 28 de fevereiro, pelo Gabinete de Estudos e Estatística da AHP, junto dos empreendimentos turísticos associados e aderentes ao AHP Tourism Monitors, de todas as regiões do país.

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