Começou esta sexta-feira a visita histórica do Papa Francisco ao Iraque, a primeira de um Papa àquele país do Médio Oriente, onde os cristãos vivem em minoria numa região até 2017 ocupada pelos extremistas do Estado Islâmico. A visita acontece numa altura especialmente conturbada, depois do lançamento de rockets contra uma base norte-americana e durante a pandemia do coronavírus.

Francisco está no Iraque até 8 de março, numa viagem sob o lema “Sois todos irmãos”. Durante a sua estadia, de alto risco, de 4 dias, a segurança do Papa estará a cargo das forças do governo iraquiano.

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De acordo com a agenda papal, Francisco visitará Ur, o berço de Abraão (lugar de culto para cristãos, judeus e muçulmanos); a capital Bagdade; Najaf, no rio Eufrates; Erbil, capital do Curdistão iraquiano; Mossul, fustigada pelo Estado Islâmico; e Qaraqosh, próxima das ruínas de Nínive (uma das maiores cidades do mundo há milhares de anos) onde se encontram muitos cristãos que resistiram ao Estado Islâmico.

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Em algumas destas cidades ainda se escondem combatentes do Estado Islâmico e as marcas da guerra estão presentes tanto na destruição de centenas de igrejas e monumentos históricos, como nas casas e bairros das cidades, particularmente nas regiões do norte agora controladas pelos curdos.

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