O Banco Mundial (BM) aprovou um financiamento adicional de 8 milhões de dólares (6,6 milhões de euros) para apoio a famílias pobres em São Tomé e Príncipe, indica a instituição em comunicado.

O documento, datado de 3 de março, refere ainda que se trata de uma doação destinada a reforçar “o trabalho do Projeto de Proteção Social e Desenvolvimento de Competências (SPSD) em curso e fortalece o apoio do governo para o desenvolvimento, gestão e operação de um sistema nacional de rede proteção social eficaz e sustentável para famílias pobres”.

O Banco Mundial defende que o projeto do Governo são-tomense “também apoia programas de desenvolvimento de habilidades inclusivos e relevantes para o mercado de trabalho, que beneficiaram 2.500 famílias pobres nos últimos dois anos”.

Apesar das medidas rígidas postas em prática para reduzir o impacto da Covid-19, a economia de São Tomé e Príncipe foi severamente afetada pela pandemia”, sublinha o comunicado.

O BM reconhece que o país “registou perdas significativas principalmente na indústria do turismo, que tem sido o principal motor do crescimento do setor privado nos últimos anos e a fonte de uma grande parte das oportunidades de emprego formal do país”.

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Por causa da doença, e de acordo com as estatísticas do BM, 8.000 novos agregados familiares “caíram ou estão na iminência de cair na pobreza” no arquipélago, “além de 24.000 agregados familiares que já se encontram abaixo da linha da pobreza“.

“Este financiamento irá atender às necessidades urgentes da população de São Tomé e Príncipe, aumentando as atividades do projeto dentro das mesmas áreas territoriais cobertas pelo projeto em curso para fornecer transferências monetárias para mais 16.000 famílias durante um período de nove meses“, explica o Banco Mundial em comunicado.

Essas 16.000 famílias representam 50% da população pobre do país e neste número estão incluídas as 8.000 famílias que estão a cair na pobreza devido à Covid-19.

Jean-Christophe Carret, diretor do Banco Mundial para São Tomé e Príncipe, indicou no seu relatório que “a proteção dos pobres e vulneráveis deve estar no centro de qualquer intervenção de desenvolvimento”.

“Os projetos de proteção social não só protegem as pessoas, mas também ajudam a garantir que os ganhos alcançados na redução da pobreza nas últimas décadas não sejam completamente perdidos”, referiu.

A aprovação deste financiamento adicional eleva o orçamento total do Projeto de Proteção Social e Desenvolvimento de Competências para 18 milhões de dólares (quase 15 milhões de euros).