O toque acidental da bola na mão do futebolista atacante, durante a construção de uma jogada da qual resulte golo, deixa de ser considerada infração, aprovou esta sexta-feira o International Board (IFAB), órgão que regulamenta as regras da modalidade.

Como a interpretação dos lances que envolvam o toque da bola na mão nem sempre foi consistente, devido a aplicações incorretas da lei, os membros do organismo confirmaram que nem todos os toques da mão e/ou braço de um jogador na bola podem ser penalizados” sustentou o IFAB, em comunicado, após concluída a reunião por videoconferência.

Mantém-se a penalização para o jogador que tocar deliberadamente na bola com a mão, ou seja, movendo-a na sua direção, assim como se tocar na bola com a mão e/ou braço quando ganhar uma volumetria anormal com o corpo.

Caso o jogador introduza a bola na baliza adversária com a mão, ou na sequência imediata de um toque com a sua mão, ainda que acidentalmente, continua a ser considerada infração, mas se o marcador de um golo beneficiar de um toque acidental na bola com a mão por parte de um colega de equipa, já não será considerada infração.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Esta mudança nas leis do jogo entra em vigor em 01 de julho, pelo que não poderá ser aplicada no Campeonato da Europa de 2020, adiado para 2021, face à pandemia de Covid-19, embora o IFAB tenha referido que as competições têm flexibilidade para introduzi-las mais cedo.

Desta reunião resultou também a possibilidade de “abrir a porta” às cinco substituições durante os encontros, como já acontece em vários campeonatos da Europa, uma medida provisória e estendida até ao Campeonato do Mundo de 2022, no Qatar.

Com os calendários congestionados, face à situação pandémica, é permitido realizar duas substituições adicionais durante os encontros, situação válida até julho de 2022, para as provas que envolvam as seleções nacionais, e que “permanecerá sob revisão”.

O International Board continuará a analisar, até agosto de 2022, a possibilidade de adicionar uma substituição extra, em caso de concussão cerebral, para proteger a integridade física dos jogadores. Quer a Liga inglesa, quer as competições organizadas pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) viram o IFAB autorizar esta alteração, sendo que no caso da “Premier League” são permitidas duas.