O ex-líder do PSD, Luís Marques Mendes, revelou este domingo no seu espaço de comentário semanal da SIC que esta segunda-feira vai ser apresentado um plano na reunião do Infarmed, que é na prática “um guia para o desconfinamento”, que “define cinco níveis de confinamento” e “aplica-se aos próximos seis meses“.  Marques Mendes antecipa ainda o que, tendo em conta com este plano, irá o Governo fazer. O comentador político antecipa que “vamos mesmo começar a desconfinar já no dia 15, um desconfinamento pequeno, suave, limitado” e vão reabrir os setores relativamente aos quais “há um consenso já: creches, pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico“.

Marques Mendes diz ainda que está em “reflexão” para este mesmo período a “abertura do pequeno comércio, barbeiros, cabeleireiros e comércio de bairro“. Já os “restaurantes e os outros graus de ensino” (do primeiro ciclo para cima) deverão abrir só “depois da Páscoa”. Mendes antecipa também que no fim-de-semana prolongado da Páscoa haverá “proibição de circulação entre concelhos“.

Além disso, o plano da autoria de Óscar Felgueiras e Raquel Duarte prevê que “haverá um calendário indicativo de reabertura para o futuro” e que as “decisões de alterações só de 15 em 15 dias”. Ou seja: precisamente como ocorreu maio. Este plano, segundo Marques Mendes, dá uma explicação científica de quais são as “atividades mais suscetíveis em termos de contágio” e dá como exemplo que o pequeno comércio pode estar aberto e não houver grandes perigos de contágio, desde que os restaurantes estejam fechados.

Além deste plano, Marques Mendes diz que será apresentado também um outro plano para confinar, que serão na prática regras e medidas a aplicar em confinamentos futuros — caso venha a ser necessário. O trabalho, da autoria de Manuel Carmo Gomes e Baltazar Nunes, tem assim “orientações para o futuro” e não para o confinamento que agora está a terminar.

Já sobre o processo de vacinação, Marques Mendes diz que a União Europeia “parece um queijo suíço” e “mete água por todo o lado”. O antigo presidente do PSD lembra que a UE está atrás de Israel, EUA e Reino Unido, que a EMA é “mais lenta” que os reguladores norte-americano e britânico. Por outro lado, Mendes destaca que, em Portugal, “no terreno o processo corre bem”. Marques Mendes antecipa ainda que os professores “vão a ser vacinados com a vacina da Astrazeneca porque a maioria tem menos de 65 anos”.

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