A CGTP inicia esta segunda-feira a Semana da Igualdade com 12 ações de protesto e denúncia, de norte a sul do país, para alertar para a persistência da desigualdade e da dificuldade das mulheres conciliarem o trabalho com a vida pessoal.

Sob o lema “Defender a Saúde – Dignificar o Trabalho – Avançar na Igualdade”, a Semana da Igualdade decorre até sexta-feira com mais de 900 iniciativas em todas as regiões do país e vai divulgar testemunhos e casos reais de trabalhadoras.

Ao longo dos cinco dias desta iniciativa promovida pela Comissão para a Igualdade da CGTP, serão feitos 70.000 contactos diretos com trabalhadoras do setor público e privado no âmbito de ações diversificadas, nos locais de trabalho e na rua. Concentrações, plenários e greves junto a empresas, encontros em locais de trabalho, tribunas públicas, debates e conferências de imprensa são algumas das ações previstas.

Para segunda-feira, Dia da Mulher, estão marcadas três conferências de imprensa, três tribunas públicas, quatro ações junto a empresas, uma concentração e uma ação de contacto com trabalhadores, que se realizam em vários distritos, do Porto a Faro.

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O caso da trabalhadora corticeira Cristina Tavares, de Santa Maria de Lamas, que foi despedida duas vezes e fez uma queixa por assédio contra a sua empresa, é um dos que vai ser apresentado em conferência de imprensa.

Em Lisboa vai realizar-se de manhã uma concentração junto ao Hospital de Santa Maria, com declarações à imprensa, sobre o papel das mulheres no combate à pandemia e na defesa dos direitos.

A secretária geral da CGTP, Isabel Camarinha, vai estar à noite com as trabalhadoras do Centro Operacional de Recolha, para averiguar as suas condições de trabalho na higiene urbana da Câmara de Lisboa.

Segundo a CGTP, as desigualdades relativamente às mulheres persistem, apesar de Portugal ser um dos países europeus com mais elevada taxa de participação feminina no mercado de trabalho, dado que a taxa de atividade das mulheres se situa nos 73%, acima da média europeia, que é de 68%, e próxima da taxa de atividade dos homens, que se situa nos 78%.

A Comissão para a Igualdade da CGTP defendeu, num estudo divulgado há poucos dias, a necessidade de serem tomadas medidas efetivas e eficazes que permitam conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar dos trabalhadores e que garantam a igualdade das mulheres.