O presidente da Assembleia da República evocou o Dia Internacional da Mulher, que se celebra nesta segunda-feira, e pediu relexão e ação sobre as “gritantes desigualdades” que ainda existem entre homens e mulheres, agravadas com os efeitos da pandemia.

Lê-se numa declaração de Ferro Rodrigues, “é um dia em que se comemora um passado de lutas pelos direitos das mulheres no mundo inteiro, que conheceu uma evolução muito assinalável ao longo das últimas décadas”, mas também oportunidade para refletir.

Para refletirmos nas gritantes desigualdades que ainda persistem em comparação com os homens, que afetam várias dimensões da vida em sociedade, desde o direito básico a ir à escola, aos direitos sexuais e reprodutivos, da desigualdade laboral e salarial à proteção contra a violência, do direito de participação no espaço público, na economia ou na política”, escreveu.

Desde que Portugal vive em democracia, com o 25 de Abril 1974, fizeram-se “enormes progressos, sendo hoje inúmeras as áreas em que as mulheres se destacam em todo o seu potencial, que vão da ciência ao desporto”. No entanto, sublinhou Ferro, “os obstáculos mantêm-se” e “urge ultrapassá-los, muito em especial neste ano severamente afetado pela pandemia, que obrigou tantas portuguesas e tantos portugueses a ficarem confinados em casa, e em que continuaram a ser as mulheres a suportar de forma desproporcional as tarefas domésticas ou a garantirem o apoio às tarefas escolares dos filhos”.

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O presidente do parlamento concluiu que “a luta pela igualdade de direitos entre mulheres e homens é um imperativo de justiça e um desígnio de todos e que a todos beneficiará”, pelo que não só neste dia como nos restantes 364 dias do ano, é preciso os portugueses estarem “à altura deste desafio”.

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