Este ano, os alunos que quiserem concorrer ao ensino superior terão de fazer apenas os exames nacionais que forem exigos pelas universidades e politécnicos em que desejarem entrar. A alteração, que segue a linha da regra já aplicada durante o ano passado, parte de uma recomendação da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES), noticiada esta quarta-feira pelo Público.

Segundo o jornal, uma nota da CNAES – com a qual o Governo estará de acordo – indica que, este ano, se devem “manter todas as disposições” que foram adotadas no ano passado, para trazer “estabilidade” ao sistema de acesso ao ensino superior e não trazer ainda mais mexidas em tempos de pandemia.

Assim, em vez de, como até 2020, os estudantes serem obrigados a fazer dois exames no 11º ano e outros dois no 12º, independentemente de depois os usarem para se candidatar ao ensino superior, este ano voltarão a ser colocados à prova apenas em matérias específicas que sejam indicadas pelos estabelecimentos a que concorrem. Além disso, a nota desses exames volta a contar apenas para esse concurso de acesso, deixando (como acontecia até 2020) de entrar para as contas da média do ensino secundário de cada aluno. Por isso mesmo, testes para melhorar as notas também só contarão para o ingresso na universidade ou no politécnico e não para as médias do secundário.

Comissão defende exames nacionais apenas em disciplinas necessárias para acesso ao ensino superior

Com a CNAES a descrever, como cita o Público, a experiência do ano passado – já com estas regras implementadas – como “positiva”, sendo que aconteceu “em idêntico cenário de pandemia”, a decisão final caberá agora ao Governo, na reunião do Conselho de Ministros da próxima quinta-feira, tendo o jornal apurado que o Executivo tenciona seguir a recomendação da CNAES.

Este mês, o ministro da Educação tinha já anunciado que haveria mexidas no calendário de exames: a primeira fase, prevista para junho, passou para julho; já a segunda, prevista para julho, ficou adiada para setembro.

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