A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou esta terça-feira que a instituição está a avaliar “todas as formas possíveis de apoio” à Guiné Equatorial, na sequência de explosões que mataram mais de 100 pessoas.

“O FMI está a avaliar todas as maneiras possíveis de apoiar o povo da Guiné Equatorial neste momento difícil – com base no diálogo político em andamento e trabalhando com a comunidade internacional”, refere a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, em comunicado divulgado esta terça-feira.

O apoio, adianta, terá também como objetivo “ajudar o país a avançar em direção a um crescimento mais sustentável e inclusivo”.

Em nome de todos os membros do FMI, apresento as minhas mais profundas condolências ao povo da Guiné Equatorial, especialmente às famílias das vítimas desta tragédia”, refere Georgieva.

O balanço provisório de mortes nas explosões de domingo em Bata, na Guiné Equatorial, subiu esta terça-feira para 105 depois de terem sido retirados dos escombros durante a manhã pelo menos sete cadáveres, noticiou a televisão estatal.

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A Proteção Civil e os bombeiros continuam a procurar vítimas no epicentro dos rebentamentos, o quartel da Unidade de Intervenção Rápida de Nkuatama, que foi arrasado pelas explosões.

A solidariedade está a fazer o seu caminho (a hashtag #TodossomosBata tornou-se popular nas redes sociais) e a ajuda humanitária que vários países prometeram à Guiné Equatorial, tais como Espanha, Estados Unidos da América e China, está a começar a chegar.

Espanha enviou esta terça-feira um avião carregado de material médico para ajudar as pessoas afetadas pela catástrofe.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) também expressou esta terça-feira o seu apoio “à gestão da crise em Bata”, adiantando estar a preparar “carregamentos de material médico de emergência e a oferecer assistência técnica”.

Do mesmo modo, a embaixadora norte-americana em Malabo, Susan Stevenson, anunciou o destacamento de “uma equipa de peritos para Bata” que assistirá o Governo nos seus “esforços de avaliação e recuperação”.

De acordo com as autoridades de Malabo, o incidente ocorreu devido à “negligência e descuido da unidade responsável pelos cuidados e proteção dos depósitos de dinamite e explosivos anexos ao depósito de munições do quartel militar”, que se incendiou.

A Guiné Equatorial é membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) desde 2014.