O 911 RSR de 1974 era um dos mais respeitados desportivos da época. O motor 3.0 com seis cilindros opostos refrigerados a ar debitava apenas 230 cv, pouco mais do que o Carrera 2.7 RS, mas o chassi mais largo e mais leve, além do melhor sistema de travagem, tornaram-no uma arma terrível em competição, como base para a categoria GT em provas de resistência como as 24 Horas de Le Mans.

Este modelo da Porsche somou vitórias entre os inscritos em GT, mas não a unidade que agora surge à venda através da Atlantis Motor Group, o que não impede o exemplar em causa de estar avaliado em 2,2 milhões de dólares, cerca de 1,85 milhões de euros. A explicação, em parte, é devida a esta ser uma das 15 unidades produzidas pela marca alemã para participar na Corrida Internacional dos Campeões, em que três desses carros nunca viram uma pista, uma vez que eram utilizados como armazém de peças sobre rodas.

O que verdadeiramente fez disparar o valor deste RSR é o facto de no registo dos seus antigos proprietários figurar um tal Pablo Gaviria, de nome completo Pablo Emílio Escobar Gaviria, ou seja, o colombiano Pablo Escobar. Se é do conhecimento geral que Escobar era apontado como o rei da cocaína, poucos saberão que era também um apaixonado por carros potentes e um aficionado pela competição automóvel. Com um kit de carroçaria que fazia lembrar um 935, Escobar pilotou este 911 RSR em várias ocasiões.

A morte do colombiano permitiu que o Porsche regressasse aos EUA, adquirido por Roger Penske e restaurado para a sua forma original, com a decoração com que foi pilotado por Fittipaldi. É com esta decoração que está a ser comercializado em Boca Raton, na Florida.

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