O presidente do PSD, Rui Rio, vai apresentar esta sexta-feira, em Coimbra, cerca de meia centena de candidatos do partido às próximas eleições autárquicas.

De acordo com fonte oficial do partido, serão apresentados 51 candidatos a câmaras de todo o país. Na semana passada, o PSD divulgou cerca de cem candidatos, divididos em duas categorias: 23 novidades, em câmaras onde o partido não é poder, e uma lista de 77 autarcas em exercício de funções que se podem recandidatar, embora alguns já tenham dito ser prematuro o anúncio de que voltarão a estar na corrida autárquica.

A estes, juntam-se os dois nomes mais mediáticos já confirmados como candidatos do PSD no final de fevereiro: o ex-comissário europeu Carlos Moedas, a Lisboa, e o ex-líder parlamentar e vice-presidente da Assembleia da República Fernando Negrão, a Setúbal.

Entre os candidatos homologados a municípios onde o PSD não é poder, contam-se, por exemplo, o ex-líder da distrital de Setúbal Bruno Vitorino ao Barreiro, Nuno Matias para Almada, Nelson Baptista em Loures ou Bruno Fernandes a Guimarães. Integram a lista de potencias recandidatos a presidentes de Câmara Carlos Carreiras em Cascais, Ricardo Rio em Braga, Salvador Malheiro em Ovar, Ribau Esteves em Aveiro ou Almeida Henriques em Viseu.

“São presidentes de câmara que se podem recandidatar na hora e momento que desejarem porque têm homologação garantida da direção nacional“, anunciou então o secretário-geral e coordenador autárquico nacional do PSD, José Silvano, em conferência de imprensa na sede nacional do partido. José Silvano assegurou então que todos os candidatos autárquicos do PSD serão conhecidos até 31 de março e afirmou que, dos 308 processos, apenas “em menos de uma dezena” haverá discordância entre as estruturas locais ou regionais e a direção nacional.

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Um destes casos assumidos foi precisamente o de Coimbra, em que a concelhia e distrital indicaram o ex-deputado Nuno Freitas, candidato que a comissão autárquica considerou não ter “condições objetivas” para derrotar o PS. Na semana passada, o secretário-geral do PSD disse ainda não estar homologado pela direção o nome que tem sido avançado como candidato a apoiar pelo PSD em Coimbra, o independente e ex-bastonário da Ordem dos Médicos José Manuel Silva.

Em 2017, o PSD teve o seu pior resultado autárquico (e que levou à demissão do então presidente Pedro Passos Coelho): os sociais-democratas perderam oito câmaras em relação a 2013 e viram o PS reforçar a liderança autárquica, que passou a liderar 161 câmaras por todo o país (mais 11 que em 2013), 159 sozinho e duas em coligação.

Os sociais-democratas conseguiram há quatro anos 98 presidências de câmara (79 sozinhos e 19 em coligação), embora sem grandes variações em termos de votos e percentagens em relação a 2013, tendo somado, sozinho, 16,08% dos votos (em 2013 foram 16,70%).