O Brasil contabilizou esta quinta-feira, pelo segundo dia consecutivo, mais de dois mil mortos (2.233) devido à Covid-19, num total de 272.889 óbitos desde o início da pandemia, informou esta quinta-feira o Ministério da Saúde brasileiro.

Esta quinta-feira foi o segundo dia com mais mortes no Brasil devido à Covid-19, apenas atrás de quarta-feira, quando o país sul-americano chegou a 2.286 vítimas mortais.

De acordo com o último boletim epidemiológico do Governo brasileiro, o país somou ainda 75.412 casos de infeção nas últimas 24 horas, elevando o total de diagnósticos do novo coronavírus para 11.277.717.

Estes números colocam o Brasil, com 212 milhões de habitantes, como o segundo país em todo o mundo com mais mortes pelo novo coronavírus, apenas atrás dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos, depois na nação norte-americana e da Índia.

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No momento, a taxa de incidência da doença em território brasileiro é de 130 mortes e 5.367 casos por 100 mil habitantes.

São Paulo (2.164.066), Minas Gerais (946.556), Paraná (745.898) e Bahia (730.542) continuam a ser as unidades federativas que concentram maior número de infeções. Por outro lado, os Estados com mais mortes pela Covid-19 são São Paulo (63.010), Rio de Janeiro (34.083), Minas Gerais (20.087) e Rio Grande do Sul (14.363).

No total, 9.958.566 milhões de pacientes infetados já recuperaram da Covid-19 no Brasil, que atravessa o seu pior momento da pandemia.

Face ao agravamento da doença em território brasileiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, órgão regulador do país) aprovou esta quinta-feira o endurecimento das regras que definem quais máscaras devem ser usadas nos aeroportos e aeronaves durante a pandemia.

“Para proteger a saúde do viajante, a máscara deve estar bem ajustada ao rosto, cobrindo o nariz e boca, sem aberturas que permitam a entrada ou saída de ar e gotículas respiratórias. Com as alterações aprovadas nesta quinta-feira, os modelos que não garantam essa proteção não serão mais aceitos nos aeroportos e nas aeronaves”, indicou o órgão em comunicado.

“Bandanas [lenços de tecido] e protetores faciais do tipo face shield não serão permitidos, assim como máscaras de acrílico ou de plástico transparente e as com válvula de expiração dos tipos N95 ou PFF2. As máscaras N95 e PFF2 sem válvula seguem recomendadas. As máscaras de tecido confecionadas artesanal ou industrialmente com material como algodão e tricoline continuam permitidas, mas devem possuir mais de uma camada de proteção e ajuste adequado ao rosto”, define o texto.

As mudanças definidas pela Anvisa entram em vigor em 25 de março.

A agência frisou que as mudanças, propostas pela Procuradoria Federal, foram necessárias diante da circulação de novas estirpes mais agressivas do vírus.

Diante de novos recordes de mortes e infeções e do colapso de hospitais, o Governo de São Paulo e a prefeitura do Rio de Janeiro ampliaram esta quinta-feira as medidas de restrição para controlar a pandemia.

São Paulo anunciou a implantação de um toque de recolher entre as 20h00 e as 05h00 a partir de 15 de março. As medidas valerão por 15 dias.

Além disso, atividades religiosas como missas e cultos não poderão ocorrer presencialmente, campeonatos desportivos foram suspensos e as escolas estaduais não terão aulas, mantendo-se apenas oferta de refeição para alunos mais pobres. As escolas particulares poderão funcionar com 35% da capacidade.

Já o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, publicou esta quinta-feira um decreto estendendo medidas restritivas anunciadas anteriormente e que já incluem recolher obrigatório, até 22 de março e fez pequenas alterações ao horário de funcionamento de bares e restaurantes, que poderão funcionar até às 21h00.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.621.295 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.