São mais 51 candidatos do PSD às eleições autárquicas agendadas para último trimestre do ano. Rui Rio esteve esta sexta-feira em Coimbra e apresentou mais uma leva de candidatos, com destaque para os nomes de José Manuel Silva (Coimbra), Pedro Machado (Figueira da Foz), Bruno Pereira (Matosinhos) Marco Pina (Odivelas), Fermelinda Carvalho (Portalegre), Maria Amélia Ferreira (Marco de Canaveses), Carlos Chaves Monteiro (Guarda) ou Henrique Sim-Sim (Évora), oito nomes que o Observador já tinha antecipado.

A figura de cartaz desta tarde foi naturalmente José Manuel Silva, ex-bastonário da Ordem dos Médicos, e que nas últimas eleições foi candidato como independente, acabando por ser o terceiro mais votado. As estruturas locais do PSD preferiam Nuno Freitas, mas Rio impôs o nome de José Manuel Silva por entender que está em melhores condições de derrotar Manuel Machado.

“Quisemos mostrar o empenho que temos em ganhar uma das principais cidades portuguesas. Temos condições para [que depois das autárquicas] o novo presidente de Coimbra seja José Manuel Silva”, sublinhou Rui Rio.

José Manuel Silva vai agora liderar uma coligação PSD/CDS que tentará derrotar Manuel Machado, que tem a particularidade de ser também presidente da Associação Nacional de Municípios (ANMP). Uma vitória do PSD em Coimbra seria um golpe relevante no domínio socialista.

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Na Figueira da Foz, Rui Rio confirmou também a escolha de Pedro Machado como candidato do PSD àquela autarquia. Uma parte do partido continuava e continua a suspirar por Pedro Santana Lopes, mas, tal como contava o Observador, o líder do PSD acabou por fechar definitivamente a porta ao antigo primeiro-ministro esta quinta-feira.

A grande questão é o que fará agora Pedro Santana Lopes. Tal como tinha avançado o Observador a 2 de março, o antigo primeiro-ministro ainda sonha com a Figueira da Foz e não exclui correr como independente. Depois desta nega definitiva de Rui Rio, o antigo líder social-democrata vai ainda ponderar o próximo passo, com a consciência de que será difícil entrar numa corrida a três e sem apoio formal do PSD.

Rio dá nega definitiva a Santana na Figueira, mas dores de cabeça continuam

Sobre as divergências que se têm registado entre estruturas e direção nacional, em Coimbra, mas também na Figueira da Foz, na Guarda e noutros pontos do país, Rui Rio deixou claro que a direção nacional do PSD não deixará de intervir sempre que achar necessário e mesmo contra a vontade de concelhias e distritais. “É da vida“, cortou Rio.

Destaque também para a escolha de José Roquette, presidente da Assembleia Municipal de Fronteira desde 1994, mandatário distrital da candidatura presidencial de Cavaco Silva e antigo diretor-clínico da Hospital da Luz, em Lisboa, que será candidato a Estremoz.

Ainda antes da apresentação dos 51 novos candidatos, o líder social-democrata voltou a defender que, “depois dos maus resultados de 2013 e 2017, é absolutamente vital que o PSD reforce fortemente a sua presença nas autarquias”.

O objetivo de Rio é preparar o caminho até lá “com rigor e com disciplina”, dentro do calendário definido pelo PSD, que passa por apresentar todos os candidatos até 31 de março. Até ver, diz o presidente do PSD, a avaliação só pode ser “muito positiva”, apesar dos problemas causados, aqui e ali, por “vaidades e ambições pessoais”.

Alguns dos 51 novos candidatos do PSD:

ESPINHO – António Vicente Pinto
ÉVORA – Henrique Sim Sim
GUARDA – Carlos Chaves Monteiro
ODIVELAS – Marco Pina
MATOSINHOS – Bruno Pereira
SANTO TIRSO – Carlos Alves
CHAVES – Francisco Tavares
PEDRÓGÃO GRANDE – António José Lopes
PORTALEGRE – Fermelinda Carvalho
FIGUEIRA DA FOZ – Pedro Machado
ESTREMOZ – José Roquette
MARCO DE CANAVESES – Maria Amélia Ferreira
COIMBRA – José Manuel Silva