João Talone e Esmeralda Dourado constam da lista de membros para o conselho geral e de supervisão da EDP cuja composição será votada na assembleia geral de 14 de abril.

João Talone já foi presidente executivo da EDP entre 2002 e 2005, cargo no qual foi sucedido por António Mexia. Talone, que é acionista do jornal Observador, será o novo presidente do conselho geral e de supervisão, substituindo Luís Amado. Esmeralda Dourado é outro nome novo proposto pelos dois maiores acionistas da EDP. A gestora renunciou recentemente ao cargo de administradora não executiva da TAP. Eduardo Catroga já tinha anunciado que não ia fazer um novo mandato neste órgão. Do elenco indicado saem vários ex-governantes que marcaram presença no conselho geral da EDP nos últimos mandatos.

Os novos membros são propostos pelos dois maiores acionistas da EDP, a China Three Gorges e a Oppidium (ligada à família Masaveu de Espanha).

O conselho de administração da EDP vai ter poder para realizar aumentos de capital para novos investidores até 10% do valor total sem ter de pedir a aprovação prévia em assembleia geral. Esta é uma das propostas de alteração dos estatutos submetida pelos dois maiores acionistas da empresa,

A proposta é justificada com “o contexto atual de grande volatilidade” o qual impõe que as sociedades estejam preparadas, cada vez mais, “para responder de forma célere e flexível a oportunidades concretas que possam surgir ou para aceder a recursos financeiros mediante processos rápidos e desburocratizados”. A nova versão dos estatutos permite ao conselho de administração executivo aprovar estas operações até ao valor total de 10% do capital através de processos de colocação acelerada.

Com esta alteração, a empresa liderada por Miguel Sitwell de Andrade sustenta que ficará em condições de minimizar o risco de colocação associado à realização de um aumento de capital em moldes clássicos, podendo avaliar as expetativa e valorização do mercado sobre o preço das ações num período curto de tempo, maximizando o encaixe.

A EDP realizou recentemente um aumento de capital da EDP Renováveis através de uma colocação junto de investidores que se realizou antes da emissão de novas ações ser aprovada em assembleia geral. As ações vendidas foram emprestadas pela EDP que controlava mais de 80% do capital da Renováveis.

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