O Presidente dos Estados Unidos destacou, esta quinta-feira, os progressos na vacinação contra a Covid-19, capazes de permitirem a esperança de um regresso à normalidade no país até à festa nacional de 4 de julho – o Dia da Independência dos EUA, mas com a ressalva de que não é tempo de abandonar o uso de máscara, o distanciamento social e as medidas de contenção do vírus.

Num discurso de 24 minutos, entre o grave e o otimista, Joe Biden ordenou a todos os estados o levantamento progressivo das restrições de idade, para que todos os norte-americanos adultos estejam elegíveis para ser vacinados até 1 de maio. “É mais cedo do que o previsto”, afirmou, depois de na semana passada ter sido anunciado que haveria doses suficientes para vacinar todos os adultos até ao final de maio. Agora, o Presidente trouxe esperança aos americanos, com a possibilidade de todos estarem na fila para a vacina até ao início de maio, mas sem deixar certezas de que todos serão vacinados até essa data.

Para que tal aconteça, Biden anunciou a criação de um site que permite à população saber quais as vacinas disponíveis, mas também prometeu que os locais para cumprir o plano de vacinação vão ser aumentados, haverá mais farmácias com vacinas, bem como mais pessoas certificadas para as atribuir, desde dentistas, a paramédicos, a veterinários e assistentes médicos.

Biden referiu-se a uma trajetória que permite ter “uma boa hipótese” de um 4 de julho festivo em que os norte-americanos possam reunir-se em pequenos grupos em torno do tradicional churrasco e com abraços para os avós.

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Mas deixou uma advertência: “Este combate está longe de ter terminado”, para logo de seguida manifestar a convicção de que “melhores dias” virão.

Num discurso em que não mencionou o antecessor, Donald Trump, fez questão de deixar as diferenças claras, ao repetir por diversas vezes a necessidade de informar os norte-americanos com a verdade e ao apelar à unidade do povo. Depois de um “inverno sombrio”, aproxima-se “uma primavera e verão promissores” e, por isso”, “não é altura para não seguir as regras”. “Este não é o momento de desistir”, apelou o Presidente dos EUA.

Os Estados Unidos demonstraram bem cedo terem “vencido um dos períodos mais sombrios e mais duros” da sua história, acrescentou. “Todos perdemos algo”, sublinhou o Presidente norte-americano, ao lembrar o ano passado. “As pequenas coisas da vida são as mais importantes e são essas que nos faltam”, acrescentou.

Joe Biden denunciou ainda os “ataques inaceitáveis” contra os norte-americanos de origem asiática e anunciou o destacamento de mais quatro mil soldados na campanha de vacinação, o que eleva o número total para seis mil.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.621.295 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.635 pessoas dos 812.575 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.