Os sindicatos representantes dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa consideram que o aumento de 10 euros proposto pelo Conselho de Administração da empresa na última reunião é “manifestamente insuficiente“, tendo em vista a diminuição drástica do poder de compra.

Em comunicado publicado na página da FECTRANS – Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, os seis sindicatos presentes na reunião explicam que o aumento proposto, na quarta-feira, pelo Conselho de Administração de apenas 10 euros “é manifestamente insuficiente, porque ano após ano os trabalhadores do Metro de Lisboa têm visto o seu poder de compra ser drasticamente reduzido“.

Desta forma, as organizações sindicais revelam que não vão abdicar de ver discutidas quatro matérias que consideram de crucial importância, nomeadamente o aumento real do salário, a dignificação das categorias profissionais, a redução do horário semanal de trabalho para as 35 horas e o direito ao transporte na zona da Área Metropolitana de Lisboa.

O discurso de dificuldade e dificuldades, proferido pelo Presidente do Conselho de Administração não é novo para os trabalhadores do Metro de Lisboa, que apesar de tudo nunca viraram as costas às suas responsabilidades com o profissionalismo que os caracteriza, pelo que exigem que os representantes da empresa façam o mesmo na defesa do Metropolitano e dos seus trabalhadores junto do Governo”, pode ler-se no documento.

Segundo os sindicatos, a empresa fez uma análise à proposta apresentada e, após explicar o seu entendimento sobre as matérias em discussão, a todas elas respondeu com um “não, com um discurso de dificuldades acrescidas, agora com falta de passageiros”.

As negociações para revisão do Acordo de Empresa vão ter nova reunião em 14 de abril, sendo que as organizações sindicais decidiram avançar com a marcação de um plenário geral de trabalhadores em 15 de abril.

Na reunião estiveram presentes representantes do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), do Sindicato dos Trabalhadores da Tração do Metropolitano de Lisboa (STTM), do Sindicato da Manutenção do Metropolitano (SINDEM), do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA), da Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços (FETESE) e do Sindicato dos Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa (STMETRO).

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