A acreditar nas sondagens que começam a ser conhecidas, a União Democrática Cristã (CDU) da chanceler Angela Merkel falhou naqueles que eram considerados os dois primeiros grandes testes políticos antes das eleições legislativas de setembro.

Tanto nas eleições regionais de Bade-Vurtemberga, como nas da Renânia-Palatinado, a CDU está, para já, em segundo lugar, atrás dos Verdes no primeiro estado federado, e dos sociais-democratas do SPD no segundo.

Em Bade-Vurtemberga, segundo as sondagens, o partido de Merkel terá obtido 23% dos votos (menos 4% do que há cinco anos); no estado da Renânia-Palatinado a CDU não terá ido além dos 26% (em 2016 tinha alcançado 31,8%).

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Os maus resultados já eram esperados, sobretudo por causa do escândalo de venda de máscaras que envolve os deputados Nicolas Löbel, da CDU, e Georg Nüsslein, da União Social Cristã (CSU), que estão neste momento sob investigação por alegadamente terem lucrado milhares de euros pela mediação ou recomendação ao governo de determinadas empresas, mas também graças ao mau arranque da campanha de vacinação contra a Covid-19 no país.

“Questões a nível nacional também importam nestas eleições regionais. Este escândalo feriu seriamente a reputação da CDU. A isso junta-se o lento início da campanha de vacinação na Alemanha, assim como as falhas na testagem, que prejudicam o partido, uma vez que o ministro da Saúde, Jens Spahn, é da CDU”, já tinha dito este sábado à agência Lusa o politólogo Thorsten Benner, cofundador e diretor do Global Public Policy Institute.