O novo responsável da Direção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional (DSEPDR) de Macau afirmou esta segunda-feira Hengqin (ilha da Montanha) vai oferecer uma nova plataforma e oportunidade de emprego para a diversificação adequada da economia.

Cheong Chok Man falava à margem da cerimónia de tomada de posse como diretor da DSEPDR, pelo período de um ano.

Na cerimónia, o novo responsável afirmou que vai contribuir mais nas áreas de estudo de políticas e cooperação regional, incluindo na elaboração do Plano de Desenvolvimento Quinquenal de Macau, no aproveitamento das oportunidades do Décimo Quarto Plano Quinquenal Nacional chinês, e na aceleração da promoção de cooperação regional, sobretudo no âmbito do desenvolvimento do projeto da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

O objetivo deste projeto é construir uma metrópole mundial a partir de Hong Kong e Macau, e 9 cidades da província de Guangdong (Dongguan, Foshan, Cantão, Huizhou, Jiangmen, Shenzhen, Zhaoqing, Zhongshan e Zhuhai), numa região com cerca de 70 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto que ronda os 1,3 biliões de dólares norte-americanos – maior que o PIB da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20.

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O documento estipula que, até 2022, a Grande Baía vai-se converter num ‘”cluster” de classe mundial e, até 2035, numa área de excelência a nível internacional.

Cheong Chok Man indicou que a consulta pública do “plano de habitação para a ‘camada sanduíche'” – residentes que não conseguem comprar casa, mas também não tem rendimentos que permitam aceder à habitação pública – já terminou e o relatório deverá ser publicado ainda no primeiro semestre deste ano.

O novo diretor da DSEPDR tinha exercido funções de assessor nos gabinetes do secretário para a Economia e Finanças e do chefe do Executivo. Em 2019, a DSEPDR foi acusada pelo Comissariado contra a Corrupção de Macau (CCAC) de falta de transparência num organismo público dedicado ao desenvolvimento regional, tendo sido pedido na altura uma “revisão profunda” do processo de recrutamento de trabalhadores.

Em causa houve denúncias contra o anterior diretor do organismo, o especialista em direito Mi Jian. Apesar de o CCAC ter ilibado Mi Jian da maior parte das denúncias, nomeadamente o arrendamento, com fundos públicos, de um apartamento de luxo, o comissariado não rejeitou a prática de “atos de nepotismo”, com o recrutamento de antigos alunos. O mandato de Mi Jian terminou no fim de agosto passado e para o substituir foi nomeada a então diretora-adjunta Ung Hoi Ian.