A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, entregou ao Governo uma lista de 300 guerrilheiros para serem integrados na Polícia da República de Moçambique (PRM), no âmbito do acordo de paz, disse esta segunda-feira à Lusa o secretário-geral da organização.

Tal como foi acordado com o Governo, submetemos na semana passada uma lista de 300 homens nossos para serem integrados na polícia”, avançou André Majibire.

Daquele número de guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), 36 serão afetos à Unidade de Proteção de Altas Individualidades (UPAI), acrescentou Majibire.

O secretário-geral da Renamo disse que o partido aguarda a resposta do Governo sobre os nomes que entregou para integração na PRM.

André Majibire assinalou que os 300 guerrilheiros foram abrangidos pelo processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) preconizado no âmbito do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, assinado entre o Presidente da República, Filipe Nyusi e o líder da Renamo, Ossufo Momade, a 6 de agosto de 2019.

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Na semana passada, o primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, afirmou que cerca de um terço dos antigos guerrilheiros da Renamo já entregaram as armas no âmbito do (DDR em curso.

“Através deste processo, até ao momento, foram desmobilizados e reintegrados 1.490 antigos guerrilheiros da Renamo, o que representa 29% de um efetivo de 5.221 homens a desmobilizar”, referiu Carlos Agostinho do Rosário no parlamento, numa sessão de esclarecimentos do Governo.

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