O grupo automóvel Volkswagen teve um lucro líquido atribuído de 8.334 milhões de euros no ano passado, 37,5% abaixo do de 2019 (13.346 milhões de euros) devido à pandemia de Covid-19, anunciou hoje a empresa.

A Volkswagen revelou que a faturação foi de 222.884 milhões de euros no ano passado, o que representa uma queda de 11,8%. Da mesma forma, o lucro operacional caiu para 9.675 milhões de euros, 42,9% inferior ao de 2019 (16.960 milhões de euros).

O grupo, que no ano passado entregou 9,3 milhões de unidades a clientes (-15,2%), considera que “fecha o ano de 2020 com sucesso apesar do impacto da pandemia”.

O CEO do Grupo Volkswagen, Herbert Diess, disse, ao apresentar os resultados numa conferência online, que a empresa foi capaz de “acelerar tecnologias futuras ainda mais rápido e maximizar o número de pessoas que beneficiam delas”.

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“O nosso bom resultado em 2020, um ano dominado pela crise, dar-nos-á um impulso para acelerar a nossa transformação”, afirmou Diess. A China, o mercado mais importante do grupo, recuperou rapidamente e provou ser uma âncora de “estabilidade na crise”. Todas as marcas do grupo VW tiveram resultados positivos na China.

Na América do Sul, o grupo aumentou a sua participação de mercado para um recorde de 14% e espera regressar este ano ao lucro naquela região.

A posição de liquidez da divisão automóvel mantém-se sólida com 26.796 milhões de euros no final de 2020 (+25,9%). A VW projeta que, já em 2021, as entregas globais de veículos elétricos chegarão a um milhão de unidades. Os veículos elétricos representarão 60% das vendas do grupo Volkswagen na Europa em 2030 e a empresa investirá 46 bilhões nos próximos cinco anos em eletrificação e híbridos.

Da mesma forma, o grupo VW estabelece um ‘roadmap’ baseado em quatro plataformas: hardware, software, baterias e serviços de recarga e mobilidade.