O Governo português assinalou na segunda-feira o 10.º aniversário do início dos protestos na Síria, defendendo, numa nota enviada esta terça-feira à Lusa, uma solução política e duradoura nos termos das deliberações da ONU.

No comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros recorda que a “repressão dos protestos pacíficos na Síria” implicou o início de um conflito “com consequências devastadoras para o povo sírio e para a região“.

No texto, assegura que o Governo português se junta “a todos aqueles que, na Síria e na comunidade internacional, continuam empenhados em alcançar uma solução política, inclusiva e duradoura para o conflito sírio”, com base na resolução 2254 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, adotada a 18 de dezembro de 2015.

“O Governo português associa-se igualmente aos apelos do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e do enviado especial para a Síria, Geir Pedersen, no sentido de ser imediatamente acordado e implementado um cessar-fogo permanente e de âmbito nacional, essencial para a ajuda humanitária, da qual dependem mais de 13 de milhões de sírios“, precisa o comunicado, no qual também reconhece “o papel crucial dos países da região e suas comunidades, pelos esforços no acolhimento dos mais de seis milhões de refugiados sírios” desde o início do conflito.

A próxima década deve ser de esperança, justiça e reconstrução para o povo sírio. É necessário pôr fim imediato às violações do Direito Internacional Humanitário e aos abusos e violações sistemáticos de Direitos Humanos, com a responsabilização de todos os perpetradores e justiça para os milhares de vítimas que o conflito sírio provocou”, conclui o texto.

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