As audiências dos prémios musicais Grammys despenharam 51% este ano, em relação a 2020, em linha com o registado com outras galas, como os Globos de Ouro e os Emmy.

Segundo a Nielsen, a audiência dos Grammys no passado domingo, transmitida pela CBS, ficou-se pelos 9,2 milhões de telespetadores – através da televisão e internet – e foi a mais baixa de sempre.  

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Os prémios musicais, com estrelas como Beyonce e Taylor Swift, não foram sequer o programa mais visto da semana, ficando atrás da série “NCIS”.

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A queda de 51% surge em linha com a registada na emissão dos Globos de Ouro, há duas semanas, cuja audiência ficou 63% abaixo do registado no ano passado, e também com as mais baixas de sempre dos Emmy, no final de 2020.

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A queda dos Grammys deu-se apesar da opinião geral de que o evento foi bem produzido, tendo em conta restrições relacionadas com a pandemia de Covid-19 que obrigaram os produtores a inovar o formato, refere a AP.

Em relação às razões para a descida, é apontada a perda de popularidade da televisão em geral, face a serviços de streaming como a Netflix, a menor disponibilidade dos espetadores para assistir a programas de longa duração como galas (cerca de 4 horas), a fragmentação das audiências e possibilidade de o público assistir aos principais momentos, em diferido nas redes sociais.

O próximo teste à capacidade de resistência das grandes galas televisivas norte-americanas serão os Óscares, no final de abril, que congregam as grandes estrelas do cinema. Tradicionalmente, os Óscares são o segundo programa com mais audiências no país, depois da final do campeonato de futebol americano (Super Bowl).

Quatro mulheres ganharam os quatro Grammys mais importantes no domingo: Taylor Swift, Billie Eilish e H.E.R.. Swift tornou-se na primeira intérprete feminina a ganhar o Álbum do Ano por três vezes. Nesta edição, venceu a categoria com o álbum “Folclore”. Billie Eilish ganhou o galardão Gravação do Ano com “Everything I Wanted”, repetindo a vitória de 2020 na mesma categoria. “I Can’t Breathe” (Não consigo respirar) de H.E.R. levou para casa o prémio de Canção de Ano, um tema inspirado pelos protestos no verão passado, nos Estados Unidos, na sequência da morte do afro-americano George Floyd. Beyonce, com a 28.ª vitória, tornou-se a mulher mais premiada na história dos Grammys. Desta vez, a cantora norte-americana conquistou o prémio de Melhor Vídeo Musical com “Brown Skin Girl”.