A Universidade da Beira Interior está a acolher duas famílias de refugiados sírios, num total de 15 pessoas, informou quarta-feira aquela instituição com sede na Covilhã, distrito de Castelo Branco. Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a UBI especifica que o acolhimento se prolonga por 18 meses, no âmbito de um protocolo de cooperação com o Alto Comissariado para as Migrações.

O projeto de acolhimento enquadra-se no âmbito da responsabilidade social da UBI e envolve duas famílias, constituídas por crianças, jovens e adultos, com idades compreendidas entre os cinco e os 57 anos, num total de quinze pessoas”, aponta a UBI.

O grupo chegou à Covilhã no dia 11, tendo viajado da Turquia para Portugal ao abrigo do Programa Nacional de Reinstalação das Nações Unidas. A UBI destaca que está em causa um “projeto pioneiro“, pois será a “primeira universidade em Portugal (e na Europa) a fazer o acolhimento de famílias refugiadas no próprio campus”.

Durante dezoito meses, as famílias irão viver no campus da UBI e cumprirão um programa de integração na comunidade local”, acrescenta.

Segundo o referido, o projeto será implementado por uma equipa técnica constituída por membros dos diferentes serviços da UBI, que vão desde a Ação Social, passando pela Psicologia e Departamento de Línguas. Estará igualmente envolvida uma investigadora portuguesa, especialista na área de estudos multiculturais e com experiência de trabalho com pessoas beneficiárias de proteção internacional, que será também a responsável direta pelo acolhimento e acompanhamento das famílias.

“Numa lógica de solidariedade institucional e participação alargada de toda a comunidade, a preparação do acolhimento contou, já na UBI, com a colaboração dos Serviços de Ação Social, dos Serviços Técnicos, Serviços de Informática e do Departamento de Ciências e Tecnologias Têxteis, bem como de alguns alunos e alumni voluntários, prevendo-se, para breve, o recrutamento de mais voluntários para integrar o projeto”, refere a vice-reitora da UBI com a pasta da Responsabilidade Social, Anabela Dinis, que é citada na nota.

A informação também diz que estão a ser estabelecidos contactos e articulações com diversas entidades locais, nomeadamente a Câmara Municipal da Covilhã, escolas, entidades de saúde, a Delegação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Castelo Branco e outras entidades públicas e privadas, no sentido de criar uma rede de apoio à integração destas famílias.

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