Coimbra vai passar a ter uma rede de ciclovias de 38 quilómetros. O município anunciou este sábado a construção de mais 18 quilómetros pela margem direita do rio Mondego, ligando à rede existente várias povoações ao longo da Estrada Nacional 111. A proposta de traçado da nova ciclovia vai ser analisada e votada na reunião do executivo municipal de segunda-feira.

“Esta nova via vai ligar-se aos restantes 20 quilómetros de ciclovia já existentes que vão do Açude-Ponte até ao Vale das Flores e à Portela e aos 11 quilómetros que estão previstos serem executados do Açude-Ponte até ao concelho de Montemor-o-Velho, pela margem esquerda junto à estrada do Campo, onde se irá ligar ao restante percurso ciclável até à costa atlântica na Figueira da Foz”, explica a autarquia, em comunicado.

Os novos 18 quilómetros vão ligar também aos 1,3 quilómetros de ciclovia entre o Açude-Ponte e Bencanta, e, posteriormente, à ciclovia que será criada na estrada de Eiras.

Esta nova ciclovia terá início junto à atual estação ferroviária de Coimbra B e ao futuro interface de Coimbra-Norte e segue, em canal próprio, ao longo da via paralela ao leito periférico direito (vala Real ou vala do Norte), seguindo pela Mata da Geria, “num percurso pela natureza”.

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Segundo o comunicado, dentro em breve o município de Coimbra vai passar a ter 40 quilómetros de ciclovias totalmente interligadas entre si, sendo possível aceder da zona periurbana à urbana e aos principais locais de destino da cidade, onde se incluem hospitais, faculdades, escolas, centros de comércio e serviços e equipamentos desportivos.

“A Câmara de Coimbra continua, assim, empenhada em promover o uso da bicicleta ou outro meio de mobilidade suave e contribuir para a estratégia de criação de uma cidade mais saudável e sustentável”, lê-se na nota.

De acordo com o município, atualmente já é possível fazer uma viagem, praticamente ininterrupta e em segurança, desde a estação ferroviária de Coimbra B até ao Vale das Flores e à Portela, numa extensão de “20 quilómetros de uma rede que está a valorizar a paisagem urbana da cidade, colocando ao usufruto da população local panoramas até aqui desconhecidos”.

Trata-se de um investimento global superior a 2,2 milhões de euros, que permite a ligação de polos importantes da cidade, como estabelecimentos de ensino e investigação, de saúde e zonas comerciais.

“Esta aposta da autarquia pretende potenciar a utilização da bicicleta para lazer, mas também nas deslocações casa/trabalho e casa/escola, em detrimento da utilização do transporte individual motorizado, com a consequente redução de emissões de gases carbónicos, garantindo ainda os níveis elevados de segurança rodoviária”, sublinha a autarquia liderada por Manuel Machado.