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Com o coração de Palhinha, a sobriedade de Inácio e a ginga de Pote, claro que são candidatos. A crónica do SCP 1-0 Vitória SC

Este artigo tem mais de 3 anos

Frente ao Vitória de Guimarães, viu-se um Sporting português (8 titulares), com muito Alcochete (6 formados no 11 e um miúdo de 16 anos a entrar) e alegre. E vencedor, mais uma vez vencedor.

Sporting CP v Vitoria Guimaraes SC - Liga NOS
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Gualter Fatia/Getty Images

Gualter Fatia/Getty Images

A pergunta foi sendo insistentemente feita a Rúben Amorim, treinador do Sporting, ao longo dos últimos meses: quando é que a candidatura ao título de campeão nacional seria assumida? O treinador já deu uma resposta que chuta a pergunta para canto: “Se chegarmos ao último jogo a depender dele para sermos campeões, assumirei que somos candidatos”. Até lá, nada feito.

Neste momento, a questão é meramente formal, apenas retórica. É evidente, e mais evidente tem ficado com o avanço das jornadas, que o Sporting é candidato ao título. Só para retirar pressão aos seus jogadores, muitos deles jovens, continua Rúben Amorim a não assumir a candidatura ao troféu de campeão nacional. Mas as jornadas vão passando e, “jogo a jogo” (como pede o treinador aos seus jogadores para pensarem), os leões vão ficando cada vez mais próximos.

Se o Sporting avança no campeonato pensando apenas jogo a jogo, nesta fase — e com uma vantagem de 10 pontos para o FC Porto, segundo classificado, à partida para esta jornada — cada jogo é uma final. E os jovens leões de Amorim continuam a dar provas de merecerem o sonho que estão a viver: mais uma vitória, menos uma jornada para o fim e três pontos conquistados contra uma equipa, o Vitória de Guimarães, que começa também a ter no sonho do 5º lugar uma miragem, face ao bom desempenho do Paços de Ferreira de Pepa.

Não é só a vantagem pontual e os resultados que podem dar alento à equipa sportinguista. É também o regresso este sábado às boas exibições, depois de vitórias sofridas e jogos menos inspirados contra Santa Clara e Tondela.

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Se o outro Sporting, o que venceu a custo as duas últimas partidas, é difícil de bater, este é ainda mais. Porque este é um Sporting enérgico, alegre, com uma defesa concentrada — e um menino a caminho de se tornar um grande defesa-central, Gonçalo Inácio, a estrear-se a marcar.

O resto já se sabia. Nas laterais estão dois rapazes cheios de saúde, técnica e força a correr flanco acima e flanco abaixo, ainda mais motivados com as chamadas às Seleções principais dos seus países (Portugal e Espanha): Nuno Mendes e Pedro Porro. No miolo está um João Palhinha que corre quilómetros, não se poupa a esforços e rouba bolas e desarma adversários como quase ninguém neste campeonato — mas também um João Mário (hoje, também um Daniel Bragança) que pensa o jogo e tem perfume nas botas, não ficando apesar disso parado a ver os colegas correrem. E no ataque, vê-se um Pedro Gonçalves, também conhecido como “Pote”, “Jackpote” ou “Harry Pote”, a desequilibrar, a comandar o setor ofensivo com a bola colada ao pé direito — e um Tiago Tomás a correr quilómetros, aliando força e técnica a velocidade e vontade.

Uma primeira parte muito mexida, uma segunda mais controlada

Privado do contributo de Coates (castigado), Nuno Santos (lesionado) e Antunes e Matheus Nunes (infetados com o coronavírus), Rúben Amorim apostou num onze titular que incluía o regressado Neto (jogou na direita do trio de defesas, empurrando Inácio para a posição mais central) e Daniel Bragança perto de João Mário no apoio a Pedro Gonçalves e Tiago Tomás. Paulinho, reforço milionário contratado ao Braga e regressado de lesão, começava no banco.

Os leões entraram mandões no jogo, a querer ter o controlo da bola e a procurar a baliza do Vitória de Guimarães. A equipa não diferia muito, no posicionamento em campo, do plano habitual: três defesas, dois jogadores projetados no ataque pelos corredores laterais, médios e avançados. Mas desta vez era introduzida uma nuance: João Palhinha, trabalhador incansável do miolo leonino — especialista nos desarmes, nos roubos de bola, na pressão aos adversários —, libertava mais João Mário e Daniel Bragança, uma dupla de médios-ofensivos que fazia a ligação atacante com Pedro Gonçalves (“Pote”) e Tiago Tomás no setor mais adiantado.

No lado contrário, o treinador João Henriques — também com baixas, dos defesas-centrais Mumin (habitual titular) e Suliman (o seu provável substituto) — mudava o sistema táctico da equipa, passando a jogar com uma linha de três defesas e com laterais (Sacko e o extremo de origem Lameiras) que tinham de defender e atacar. No meio-campo passavam a estar apenas dois (Pepelu e André André) em vez dos três habituais. E no ataque Rochinha e Marcus Edwards relegavam Quaresma para o banco e jogavam no apoio ao ponta-de-lança Estupiñan.

Nos primeiros 20 minutos, a equipa leonina teve quatro situações para finalizar dentro da área — o que evidencia a vontade e capacidade de procurar a baliza adversária revelada neste arranque de jogo. Aos 9 minutos foi Pote a isolar-se e a tentar servir um colega na área, mas na recarga Tiago Tomás não conseguiu antecipar-se à defesa e finalizar. Aos 15 minutos, na sequência de um canto, João Mário apanhou uma sobra na área e rematou para uma boa defesa de Bruno Varela. Aos 17′, Pote recebeu um passe em profundidade e com uma grande receção tirou o adversário do caminho — mas feito isso, não conseguiu rematar com precisão. E um minuto depois, o mesmo Pedro Gonçalves recebeu um cruzamento do lado direito de Pedro Porro e, no interior da área, rematou à trave.

Estava a primeira parte mais ou menos a meio quando Tiago Tomás viu um golo ser-lhe anulado. O avançado do Sporting foi servido por Pote, que o isolou com um passe preciso para a desmarcação, e colocou a bola no fundo das redes de Bruno Varela. Mas no começo da jogada, vários segundos atrás, Porro deixara a bola fugir pela linha lateral quando subia pelo corredor direito. E o VAR anulou o primeiro do Sporting.

Sporting CP v Vitoria Guimaraes SC - Liga NOS

Gualter Fatia/Getty Images

O jogo estava vivo, com poucas faltas, poucas paragens e poucas perdes de tempo. As equipas estavam enérgicas e ativas. Curiosamente, foi depois do melhor momento do Vitória de Guimarães — com duas bolas em lances consecutivos a baterem na trave de Adán — que o Sporting chegou ao golo, com um cabeceamento de Gonçalo Inácio. Na sequência de um livre, e após dois cabeceamentos, a bola sobrou para o defesa-central que, perto do poste direito de Bruno Varela, rematou de cabeça para dentro da baliza.

A segunda parte foi em tudo diferente da primeira: embora com poucas paragens, o jogo ficou em toada mais morna, com o Sporting a circular a bola e a tentar gerir o jogo com ela enquanto o Vitória de Guimarães, quando a tinha, procurava a baliza sem assustar especialmente Adán. E acabou por ser o Sporting, à beira dos 70 minutos, a criar perigo num contra-ataque: Pote foi lançado na frente, a bola foi cortada pela defesa e Tiago Tomás tentou rematar de longe. Bruno Varela segurou com relativa facilidade, ainda assim.

Os treinadores mexeram — no Sporting, entrou um miúdo de 16 anos que acabou de assinar contrato profissional e terminou o jogo a chorar —, mas o jogo pouco ofereceu apesar da tentativa do Vitória de Guimarães de ir para cima do Sporting. E as contas são estas: o Sporting mantém os dez pontos de avanço para o segundo classificado, o FC Porto, e o Vitória de Guimarães vê o Paços de Ferreira consolidar-se no 5º lugar agora com 9 pontos de vantagem sobre os vimaranenses.

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