O CDS-PP considerou esta sexta-feira que a reestruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que vai passar a denominar-se Serviço de Estrangeiros e Asilo, constitui “um prejuízo gravíssimo” para a instituição e para o país.

Há uma falta de novidade clara sobre este processo e o CDS acredita que trata-se de um prejuízo gravíssimo tanto para SEF como para o país, pois mina a confiança numa polícia. E ainda que o Ministério da Administração Interna não assim a considere, a verdade é que se trata de uma polícia e que este processo apenas faz um prejuízo grave para a confiança nesta instituição”, afirmou o secretário-geral do CDS-PP.

Os inspetores do SEF vão integrar a PSP, a GNR ou a Polícia Judiciária, forças que vão acolher as funções policiais deste serviço após a sua reestruturação, anunciou o ministro da Administração Interna, em entrevista à Lusa. Eduardo Cabrita avançou que o SEF vai passar a chamar-se Serviço de Estrangeiros e Asilo e terá como grande função o apoio aos imigrantes e refugiados que vivem em Portugal.

Inspetores do SEF vão integrar PSP, GNR ou PJ após reestruturação

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Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do CDS-PP reiterou que “a opção de desmantelar o SEF está errada”, salientando que “aquilo que tem sido a regra noutros países da Europa é efetivamente optar por polícias civis” e que os democratas-cristãos estão “muito preocupados” com o facto de estarem em causa “quase duas mil famílias que estão relacionadas com a atual instituição”.

“Ainda que não traga nada de novo, continua verdadeiramente a estar errada”, insistiu, defendendo que a reestruturação do SEF não deveria ser feita sem “avaliar aquilo que de mau o SEF tem, e arranjar soluções para aquilo que não está a correr da melhor forma”.

Para Francisco Tavares, “certamente que não é desmantelando toda uma instituição como o SEF que se vai arranjar uma solução para o problema”. O dirigente centrista considerou igualmente que as declarações do ministro “são reflexo de nenhuma novidade naquilo que é o discurso” do Governo.

Continuamos sem perceber de que forma é que esta proposta do ministro será materializada, falta saber como vão ser distribuídas essas valências, perceber quais é que são os critérios que serão equacionados. Percebemos uma ideia mas no plano da substância e da forma sabe-se zero neste momento e, portanto, não há qualquer tipo de novidade relativamente a isso”, criticou Francisco Tavares.