Nas 24 horas de este sábado, as autoridades de saúde detetaram mais 450 infeções com o coronavírus em Portugal. Há também registo de mais seis mortes de pessoas infetadas com SARS-CoV-2, o vírus que causa a doença Covid-19.
Os números constam de mais um boletim diário da Direção-Geral da Saúde relativo à evolução da pandemia no país, divulgado este domingo.
O número de novos casos, 450, eleva para 817.530 o número de pessoas identificadas oficialmente pelas autoridades de saúde como infetadas (com teste de diagnóstico positivo) desde que a Covid-19 chegou a Portugal, em março do ano passado. E é menor do que o número de novos casos reportados no mesmo dia da semana anterior (541, mais 91) e do que há duas semanas (682, mais 232) refletindo ainda os efeitos do confinamento decretado.
No pico da pandemia em Portugal, no final do mês de janeiro, chegaram a ser identificados mais de 16 mil casos de infeção. Ou seja, 32 vezes mais do que os números agora reportados.
Já o número de mortes em 24 horas é o mais baixo desde 10 de outubro — há mais de cinco meses —, dia em que o boletim da Direção-Geral da Saúde reportava cinco óbitos nas 24 horas anteriores. No final de janeiro, chegaram a morrer (em dois dias distintos) mais de 300 pessoas em 24 horas.
Este é o segundo dia consecutivo em que o número de vítimas mortais nesse período de tempo é inferior a uma dezena. Nas 24 horas anteriores, as autoridades de saúde tinham reportado mais oito mortes. Desde a chegada da Covid-19 a Portugal já morreram mais de 16 mil pessoas (16.768) infetadas com o coronavírus.
Mais 21 pessoas nos hospitais do que há 24 horas
Em contraponto com o número de óbitos, o número de doentes com Covid-19 que estão hospitalizados em Portugal voltou a aumentar ao longo das últimas 24 horas. Às 00h de domingo, estavam internadas em unidades hospitalares 765 pessoas. Tal representa um aumento de 21 internados face às 0h de sábado.
O aumento do número de pessoas internadas em Portugal com Covid-19 quebra um ciclo de cinco dias consecutivos com diminuição na ocupação dos hospitais portugueses afeta à pandemia. Numa comparação de mais longo alcance, os hospitais portugueses tinham há exatamente uma semana quase mil pessoas internadas (976), mais 211 do que às 0h de este domingo.
Já o número de pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos (UCI), zonas hospitalares dedicadas a tratar os casos mais graves de doença, mantém-se inalterável: entre novas entradas e saídas, estavam às 0h de este domingo 170 pessoas em UCI, o mesmo número de doentes da véspera.
Casos ativos voltam a subir, o que não acontecia há quase dois meses
O aumento mais significativo ao longo das últimas 24 horas registou-se na evolução do número de casos ativos de infeção, um dado estatístico que identifica o número de pessoas dadas como estando infetadas com o novo coronavírus no preciso momento da contabilização — excluindo, assim, todos os que entretanto recuperaram e os doentes que não resistiram. Isto porque há quase dois meses que o número de casos ativos não aumentava em Portugal.
Feitas as contas, de acordo com o boletim da Direção-Geral da Saúde, às 0h de este domingo 33.443 pessoas eram dadas como estando atualmente (ainda) infetadas, mais 49 do que à mesma hora da véspera. Desde o dia 31 de janeiro que o boletim da DGS não reportava um aumento dos casos ativos no país ao longo de 24 horas.
Para este aumento dos casos ativos, ainda que ligeiro, muito contribuiu o número ténue de altas dadas ao longo das últimas 24 horas: só 395 pessoas foram dadas como passando a estar recuperadas ao longo de sábado, um número inferior ao número de novos casos de infeção detetados (450).
Desde a chegada da pandemia a Portugal, já foram dadas como recuperadas da infeção mais de 765 mil pessoas (767.319 pessoas).
Norte e LVT com 298 dos 450 casos, Madeira com mais 31 infeções
Dos 450 novos casos do país, quase 300 (298) foram detetados nas duas regiões mais habitadas do país: Lisboa e Vale do Tejo e Norte. Em Lisboa e Vale do Tejo foram identificados 154 novos casos e na região Norte mais 144 infeções.
Seguem-se, nas regiões mais atingidas, a zona Centro (+67), a Madeira (+31), o Alentejo (+24), o Algarve (+21) e os Açores (+9).
Um terço das vítimas mortais tinha entre 60 e 69 anos
Das seis pessoas que morreram ao longo das últimas 24 horas em Portugal, nenhuma tinha menos de 60 anos. Duas das seis vítimas (um terço), porém, tinham entre 60 e 69 anos, de acordo com os dados divulgados pela DGS.
Uma das vítimas mortais tinha entre 70 e 79 e as três restantes — metade do total de novos óbitos — tinham 80 anos ou mais.