Passou meio século desde que abriu a primeira loja da Moviflor. Lisboa era outra. O país estava sob a governação de Marcelo Caetano, a Polícia de Segurança Pública abriu o primeiro concurso para a admissão de guardas do sexo feminino e Tonicha representava Portugal na Eurovisão. Lá fora, morria Coco Chanel, John Lennon lançava o álbum Imagine e o The New York Times publicava os Pentagon Papers.
Enquanto as grandes potências mundiais continuavam a mandar artefactos para o espaço, nascia no número 28 do Largo da Graça, em Lisboa, a loja que viria a dominar o mercado do mobiliário em Portugal. Da fundadora, Catarina Remígio, pouco se sabe — apenas que permaneceu na administração da empresa até outubro de 2014, altura em que as dívidas ditaram o encerramento das lojas e a desembocaram num processo de insolvência.
Para trás, ficaram décadas de expansão e prosperidade. Chegada aos anos 90, a Moviflor habituou os seus clientes a inaugurações, no mínimo, aparatosas. A lista de prémios em sorteio — quase sempre encabeçada por televisores e automóveis — resultava em filas. Bem mais recentemente, aquando a abertura de uma loja nas Caldas da Rainha, em 2010, os relatos deram conta de pessoas alinhadas à porta ainda no dia anterior.
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