João Pedro e David Sualehe, jogadores do P. Ferreira que foram identificados pela GNR numa festa ilegal com 30 pessoas na madrugada de domingo numa moradia em Ofir, estiveram esta manhã no Tribunal de Esposende para serem ouvidos pelo juiz no âmbito do processo sumário instaurado. O avançado João Pedro terá sido mesmo detido por ser reincidente, após ter sido apanhado há algumas semanas numa festa em Vila Nova de Famalicão.

“Os arguidos estiveram no interrogatório judicial, não sei se haverá julgamento porque ainda está na fase de inquérito. Vão ser notificados. Os arguidos não prestaram declarações. É um processo sumário, depois se verá se vai haver julgamento ou não. Incorrem no crime de desobediência, apesar de haver várias contradições… Ou melhor, entendo que não há aqui qualquer crime de desobediência nem eles foram notificados de qualquer contra ordenação. Identificaram-se e agora vão esperar a promoção do Ministério Público sobre este tema. Para mim, não irá a julgamento”, comentou o advogado Tiago Morgado em declarações à TVI.

“O FC Paços de Ferreira tomou conhecimento de que os seus atletas João Pedro e David Sualehe foram identificados pelas forças policiais em circunstâncias que estão a ser apuradas pela justiça e, eventualmente, relacionadas com a violação das regras de confinamento impostas no país”, assumiu o clube em comunicado.

“O FC Paços de Ferreira aguarda a decisão das medidas a tomar pelas autoridades judiciais para instaurar um processo disciplinar aos referidos atletas, de acordo com as suas normas internas de funcionamento”, acrescenta, fazendo antever mão pesada para o defesa (que ainda não jogou esta temporada) e para o avançado, que foi suplente utilizado na vitória caseira por 3-0 dos pacenses frente ao Moreirense na 24.ª jornada.

Ainda este domingo, Paulo Meneses, presidente do P. Ferreira, tinha prometido agir contra os jogadores caso se confirmasse o caso, como veio a suceder, também pelo facto de liderar um clube que tem sido exemplo a seguir as diretrizes da Direção Geral da Saúde e que gastou muito dinheiro em testes para que os membros do plantel tivessem sempre o máximo de condições e de segurança neste contexto de pandemia.

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