Os doentes que até agora tinham de se deslocar periodicamente às farmácias dos hospitais onde são acompanhados, para levantar a medicação, vão poder passar a fazê-lo de forma mais fácil e rápida em farmácias da zona de residência, hospitais ou centros de saúde locais, ou até a poder recebê-la no próprio domicílio.

São estas as linhas gerais das propostas que o grupo de trabalho formado para analisar a dispensa de proximidade, liderado pelo Infarmed, deverá apresentar em breve, juntamente com um conjunto de recomendações e de alterações legislativas, avança esta terça-feira o Jornal de Notícias (versão impressa).

O objetivo é que projetos de dispensa de proximidade, como os que já existem em vários hospitais do país, passem a ser a norma em vez de a exceção, para conveniência dos doentes, que poderão assim poupar tempo e dinheiro em deslocações e tenderão a tomar de forma mais regular e correta os medicamentos que lhes foram receitados —  o que por sua vez potencia também os resultados conseguidos em saúde.

De acordo com o jornal, numa primeira fase, para garantir a transição e a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, esta passagem das farmácias hospitalares para as comunitárias, cuja escolha deverá ser deixada ao critério dos próprios doentes, deve ser feita de forma gradual. E a começar com um grupo considerado prioritário e que engloba os medicamentos orais para o cancro da mama e da próstata, “com genéricos comercializados ou para os quais se expirou a patente”.

Só deste grupo fazem parte 32 mil doentes oncológicos, atualmente em tratamento. De acordo com o jornal, também nesta fase inicial, podem ainda vir a ser incluídos os medicamentos para a insuficiência renal crónica nas mesmas circunstâncias (de formulação oral e com genéricos).

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