A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 64 anos por dezenas de crimes de falsificação ou contrafação de documentos e de burla qualificada cometidos no distrito de Lisboa e que provocaram prejuízos às vítimas de 80 mil euros.

Em comunicado esta quinta-feira divulgado, a PJ adianta que o arguido é suspeito de ter praticado, pelo menos, 20 crimes de falsificação ou contrafação de documento e 13 crimes de burla qualificada e um de detenção de arma proibida.

O inquérito teve início em 2020 na sequência da queixa de uma das vítimas que se deparou com a exigência, por parte de instituições de crédito e sociedades financeiras, para pagar empréstimos, que não tinha contraído e sobre os quais tinha mensalidades em atraso.

O detido utilizou quatro identidades distintas, em nome das quais abriu contas bancárias nas quais depositou o dinheiro arrecadado com a celebração de contratos de mútuo e de cartão de crédito, que, globalmente, atingiram prejuízos de quase 80 mil euros.

Segundo a PJ, o suspeito apropriava-se dos originais ou de fotocópias de documentos de identificação de várias pessoas que modificava e utilizava na abertura de contas de depósito à ordem e na celebração de mútuos em nome das vítimas. Para que os contratos de mútuo fossem aceites pelas essas instituições, adianta a polícia, o autor alterava os dados dos documentos através de técnicas informáticas, como “reprodução, digitalização, fotomontagem e edição de imagem, para modificar ou substituir as fotografias e as assinaturas”. “Para evitar que as pessoas viessem a descobrir os contratos de crédito que estavam a ser celebrados em seu nome, e também no intuito de acompanhar, a par e passo, a tramitação e o histórico desses processos, o detido indicava moradas por si controladas, parte delas correspondentes a prédios devolutos e abandonados, onde chegou a instalar caixas de correio para receber a correspondência, retirando-as do local, logo que deixavam de ser necessárias”, descreve a PJ.

O arguido já tinha cadastro e encontrava-se a cumprir pena no regime de dias livres, ficando detido na cadeia aos fins de semana.

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