O governo dinamarquês já apresentou o plano para levantar as restrições impostas para controlar a pandemia da Covid-19 e uma das medidas é a criação de um passaporte digital que permitirá ter acesso a locais públicos. Batizado como ‘passaporte corona’, servirá para poder ter acesso a cabeleireiros, ao cinema ou a um restaurante. Os dinamarqueses terão que provar que estão imunes à Covid-19 e, como sabemos, só há duas formas de isso acontecer: ter anticorpos por já ter desenvolvido a infeção ou ter sido vacinado. A outra alternativa, para poder aceder a locais públicos é fazer um testes negativo nas 72 horas anteriores.

Ainda que o governo dinamarquês encare a existência do ‘passaporte corona’ como uma medida apenas transitória, considerando que espera ter a população vacinada já em agosto, o plano de reabertura semelhante ao português tem a nuance de prever a criação do passaporte. Para entrar em lojas e centros comerciais não será necessário apresentar o passaporte digital, mas para restaurantes, museus, bibliotecas, ginásios, cinemas, cabeleireiros ou centros de massagens sim, escreve o La Vanguardia.

Inicialmente a previsão dinamarquesa era conseguir terminar a campanha de vacinação na última semana de junho, mas a suspensão da vacina da AstraZeneca no país e os atrasos nas entregas das restantes farmacêuticas fizeram esse prazo alargar-se — segundo as previsões atuais — até dia 25 de julho.

A Dinamarca já vacinou 11% das pessoas com mais de 18 anos e tem uma incidência acumulada de casos de 161 por cada 100 mil habitantes. Ainda assim, a pressão sobre as unidades de saúde é inferior à que se regista esta quinta-feira em Portugal, estando nos hospitais dinamarqueses 214 doentes, 46 dos quais em unidades de cuidados intensivos.

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