A Associação Portuguesa de Sono (APS) está contra a mudança de hora bianual, prevista para este fim de semana já que, argumenta, os estudos comprovam os benefícios do horário de inverno na saúde física e psicológica, “com eventual repercussão sócio-económica positiva”. Em comunicado esta sexta-feira enviado aos órgãos de comunicação social, posiciona-se a favor da aprovação do Parlamento Europeu que decreta a abolição do horário de verão.

Os inconvenientes apontados pela APS, com base em estudos, são, tanto a curto como a longo prazo, o “sono mais curto, pior desempenho profissional e escolar e maior frequência de acidentes cardio e cerebrovasculares e de acidentes de viação, ou maior propensão para cancro, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, doenças neurodegenerativas (como a Alzheimer), redução da imunidade e compromisso psicopatológico”.

O efeito do avanço diário de uma hora também é nefasto nos jovens, desde crianças a jovens adultos, pois o que é apelidado de “jet leg social”, diga-se a “consequente tendência de redução do tempo de sono noturno durante os dias de aulas e aumento de compensação ao fim de semana” causa distúrbios da rotina diária dos jovens, refere a APS na nota de imprensa.

Os argumentos favoráveis à manutenção do horário bianual, como a poupança energética, não se têm revelado suficientes como atenuantes aos efeitos negativos já apontados ao acréscimo de uma hora, que se verifica ao longo de sete meses do ano, continua a Associação.

Para a APS, são várias as vantagens de um horário único ao longo do ano: “Mais luz natural ao início da manhã com efeitos benéficos para o ritmo de sono-vigília, melhoria do desempenho profissional e escolar, melhoria da saúde mental, redução do risco da doença física e a provável repercussão positiva para a economia”.

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