As Forças Democráticas da Síria (FSD), aliança liderada por curdos, lançaram hoje uma operação no campo de refugiados de Al Hol, no leste da Síria, contra as células do grupo Estado Islâmico (EI) que permanecem na área.

“Hoje, as Forças de Segurança Interna (Asayish), com o apoio das Forças Democráticas Sírias (…) lançaram uma campanha humanitária e de segurança no campo de Al Hol com o objetivo de acabar com a influência do EI”, disse o porta-voz de Asayish, Ali Hasan em conferência de imprensa.

Asayish, Ali Hasan disse ainda que “serão tomadas todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos civis durante a campanha, uma vez que se dirige às células do EI destacadas no campo”.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que a campanha começou esta manhã com a participação de “mais de 5.000” membros de “todos os setores do campo”, onde vivem cerca de 60.000 pessoas, incluindo estrangeiros.

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A taxa de homicídios aumentou significativamente no campo de Al Hol em comparação com o ano passado, disse a ONG, com sede no Reino Unido, mas com uma ampla rede de colaboradores no local.

Durante 2020 foram registados 33 assassinatos, enquanto, desde o início de 2021, o Observatório Sírio de Direitos Humanos assinalou 41 mortes, incluindo duas crianças e cinco mulheres.

O coordenador humanitário da ONU para a Síria, Imran Riza, e o seu homólogo para a crise síria, Muhannad Hadi, alertaram no final de janeiro sobre a deterioração das condições de segurança em Al Hol e referiram que a violência “põe em perigo” a distribuição de ajuda por parte das Nações Unidas e seus parceiros.

As autoridades curdas, que controlam várias áreas do nordeste da Síria, incluindo Al Hol, apelaram repetidamente à comunidade internacional para ajudar a administrar o campo, de onde alguns países estão a repatriar os seus cidadãos enquanto outros, como o Iraque, ainda resistem no resgate dos seus nacionais.