Suzana Garcia, advogada e ex-comentadora da TVI, deverá ser ser candidata do PSD à Câmara Municipal da Amadora. O nome foi aprovado pelas estruturas locais do partido e tem tudo para receber ainda esta segunda-feira a luz verde de Rui Rio.

O nome de Suzana Garcia já circulava há algum tempo nos corredores sociais-democratas e, inclusive, do Chega. A própria, aliás, tinha confirmado isso mesmo à revista “Nova Gente”. “Fui sondada múltiplas vezes pelo Chega e não aceitei nenhuma das candidaturas propostas”, disse ainda em março.

À mesma publicação, Suzana Garcia acrescentaria também que tinha sido convidada pelo PSD, em novembro de 2020, e disse ter preferência pelas autarquias da Amadora, Loures ou Sintra. Segundo a própria, decidiu desistir do desafio autárquico depois de engravidar e por entender que devia dedicar-se mais à família. No início do ano, como explicou no programa “Júlia”, da SIC, acabaria por perder o bebé.

A comentadora decidiu aceitar o convite do PSD e escolheu a Amadora por entender, sabe o Observador, que é um concelho onde os problemas entre comunidade e forças de segurança se estão a tornar cada vez mais evidentes e preocupantes. Questionada esta segunda-feira pelo Observador, Suzana Garcia disse não querer prestar quaisquer declarações sobre a matéria.

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Nascida em Maputo, Moçambique, numa “família de classe alta”, como revelou em entrevista à revista “Sábado” veio para Portugal com 11 anos. Estudou num colégio de freiras na África do Sul e depois foi para o Colégio São José do Ramalhão, em Sintra, também de freiras. Estudo Direito na Universidade Católica e tornou-se conhecida do grande público quando, em 2016, começou a participar no SOS 24, da TVI.

Migraria mais tarde para o programa “Você na TV”, estação que abandonou em rota de colisão com Cristina Ferreira. Até lá, ficou conhecida pelas intervenções inflamadas sobre racismo, xenofobia e, por exemplo, abusos sexuais, crime para o qual admite uma pena de castração química.

Enquanto comentadora, envolveu-se em várias controvérsias. Sobre Mamadou Ba, por exemplo, chegou a dizer não ter “paciência para parasitas da sociedade” sem qualquer “utilidade social para Portugal, pelo contrário, tem uma existência perniciosa para todos nós portugueses e ainda não vi qual é a autoridade dele”.

Na já referida entrevista à “Sábado”, disse que ser comparada a André Ventura e ao Chega era algo que a “incomodava” por não se rever naquele partido. Em 2o17, a coligação PSD/CDS teve apenas 11.253 votos (18,09%), muito longe dos 42,66% do PS.