A reconstrução da catedral de Notre Dame vai precisar de mais de mil carvalhos vindos de mais de 200 florestas francesas. Da floresta real de Bercé, na região do Loire, já foram identificados os oito carvalhos com mais de 200 anos que serão derrubados para reconstruir a torre da igreja, com 96 metros, que caiu durante o incêndio de abril de 2019, noticiou a CNN.

A floresta de Bercé data do reinado de Luís XIV — as árvores foram plantadas para serem usadas na construção dos mastros dos navios da marinha francesa. Agora, foram selecionadas com imagens drone por terem 18 metros de altura, cerca de 90 centímetros de diâmetro e nenhum defeito visível. Todas as árvores terão de ser cortadas até ao final de março e depois os troncos vão secar durante 18 meses.

Há uma petição, dirigida ao ministro da Ecologia francês a pedir que acabe com o abate das árvores, mas os produtores florestais dizem que a quantidade de árvores a abater representam apenas uma pequena fração dos carvalhos que todos os anos são derrubados em França.

“Sabemos que é o fim de algo, mas também é o começo”, disse Pauline Delord, que pertence à 15.ª geração de responsáveis pela gestão e proteção da floresta de Bercé, citada pela CNN. “Será uma questão de orgulho se algumas de nossas árvores forem usadas para a Notre Dame”, disse Jean-Paul Mével, que possui uma floresta de 250 hectares, na Bretanha, citado pelo The Guardian em fevereiro.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, chegou a sugerir que a reconstrução fosse mais contemporânea, mas em julho do ano passado acabou por dizer que a reconstrução ia obedecer ao traçado original com 850 anos. Está previsto que a catedral reabra em 2024, apesar de todos os atrasos causados pela pandemia.

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