Uma tempestade de areia atingiu Pequim e outras províncias chinesas, como a Mongólia Interior, Shaanxi, Shanxi, Hebei, Tianjin, Liaoning e Jilin, pintando o céu de amarelo de o sol de azul, este domingo. É a segunda vez que o país asiático enfrenta uma tempestade de areia num espaço de 15 dias, após a primeira a ter tido lugar no dia 15 de março e ter sido classificada como a pior intempérie dos últimos 10 anos.

Tempestade de areia envolve Pequim em espesso manto de poluição. Foi a maior dos últimos dez anos

Tal como há 15 dias, a seca severa nas regiões desérticas da Mongólia e de Xinjiang provocou a tempestade de areia que se alastrou às províncias mais próximas. 

Como consequência, os níveis de poluição atingiram níveis alarmantes e a qualidade do ar chegou, de acordo com o South China Morning Post , a registar 500 pontos em 500 possíveis do Índice da Qualidade do Ar. A partir dos 301 pontos, é recomendado a toda a população que fique em casa e que restrinja as suas idas à rua ao essencial.

No entanto, muitos turistas não se coibiram de visitar os lugares históricos da capital chinesa. Foi possível vê-los a tirar fotografias em locais concorridos como a Cidade Proibida, não obstante os avisos meteorológicos sobre a má qualidade do ar e a própria tempestade de areia que deu ao sol um tom azulado.  Esta ocorrência deveu-se a uma ilusão ótica, chamada de Dispersão de Rayleigh (em memória do cientista britânico que descreveu o fenómeno em 1871), provocada por sua vez pela dispersão da radiação electromagnética por partículas no ar.

Em várias cidades da China, a visibilidade esteve reduzida aos 1.000 metros e causou constrangimentos no tráfego aéreo. Metade dos voos foram cancelados na província da Mongólia Interior e muitas viagens foram adiadas em outros aeroportos.

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